Em 12 de maio de 1913, nascia José Bispo Clementino dos Santos.
Uma voz privilegiada, firme e rouca. O timbre raro, o sotaque carioca e a paixão pela música denunciam o dono da voz. Sim, acertou quem disse “Jamelão”, um dos maiores interpretes da música popular brasileira.
Apresentação Carmen Lúcia
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Cerca de 100 anos antes de nascer, por volta de 1803, no alto de uma colina foi erguido um casarão com vista para a baía de Guanabara. Tempos mais tarde, D. João VI escolheu o lugar para ser o Palácio Real da Casa de Bragança e a grande casa ficou conhecida como “Paço de São Cristóvão”, o Palácio Imperial.
A nobreza se instalou por ali, grandes solares foram erguidos e claro que ele não poderia vir de outro lugar, apesar de ter que ajudar no sustento da casa, foi ali que o nobre representante de uma época de ouro da música romântica cresceu.
Sua coroação veio mais tarde como cantor de samba. Levado por um amigo-músico, Jamelão conheceu o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira – para os íntimos, simplesmente Mangueira. E ele se apaixonou pela escola, e aquele galpão passou a ser a sua casa.
A Mangueira estava definitivamente gravada no coração, nas veias, no pulso daquele menino-homem, que começou ainda muito jovem, tocando tamborim na bateria e depois se tornou um dos principais intérpretes da Mangueira.
Depois de um longo período de glória e reconhecimento artístico, aos 95 anos, Jamelão morre, no Rio de Janeiro, no dia 14 de junho de 2008, O cantor se despediu do palco e do mundo. Mas deixou de herança a sua voz, a sua arte e saudades.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira
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