Chinaglia e interação cultural

Arlindo Chinaglia

 

 

 

 

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ressaltou, na abertura do Seminário Internacional sobre Diversidade Cultural: Práticas e Perspectivas, promovido pelo Ministério da Cultura e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), a importância do intercâmbio cultural como um mecanismo de geração de riquezas, especialmente na América Latina. Chinaglia lembrou que o aumento da migração em escala planetária estimulou a miscegenação e a formação de gerações multiculturais. Hoje, segundo ele, apenas 15% das nações do globo são constituídas por grupos homogêneos, o que evidencia a prevalência do contato étnico e internacional.

 

O presidente da Câmara afirmou que a interação cultural e econômica tem atingido níveis planetários e, em um futuro próximo, a convergência das mídias vai acelerar a circulação de bens, serviços e conteúdos culturais.

 

Inovação

“A iniciativa do governo brasileiro, junto à Organização dos Estados Americanos, no sentido da realização deste seminário, não é apenas a medida do protagonismo do Brasil em termos de diversidade, resultado de nossas múltiplas raízes históricas e de nossa vocação como país de emigração; é também a expressão de nossa disponibilidade sempre reiterada em relação ao intercâmbio cultural, como mecanismo de enriquecimento e renovação”, afirmou Chinaglia.

 

O presidente da Câmara ressaltou que o papel da comunidade internacional agora é definir os limites e mecanismos para que essa interação cultural não coloque em risco a diversidade cultural e provoque uma homogeneização que ameace as diferenças e singularidades dos povos.

 

Convenção internacional

Chinaglia ressaltou que a Câmara ratificou no ano passado a Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre proteção e promoção das expressões culturais. A convenção foi celebrada em 2005. Entre os objetivos desse tratado internacional se destacam a proteção e a promoção da diversidade cultural; o incentivo ao diálogo entre culturas; o reconhecimento da cultura para o desenvolvimento de todos os países; e a reafirmação do direito soberano de os Estados conservarem, adotarem e implementarem as políticas e medidas que considerem necessárias para a promoção e proteção da diversidade cultural.

 

Chinaglia ressaltou ainda a análise pela Câmara do Plano Nacional de Cultura, que foi incorporado ao Projeto de Lei 6835/06, do deputado Gilmar Machado (PT-MG). “Faremos a nossa parte na tarefa de reconhecer e preservar a diversidade cultural ao longo do tempo”.

 

Também participam do seminário o vice-presidente da República, José Alencar, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o deputado Frank Aguiar, relator do projeto sobre o Plano Nacional de Cultura na Comissão de Educação e Cultura.

28/06/07

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