O cantor e ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse que pertence a uma geração “que considera as formas artísticas como uma maneira de manifestar uma consciência universal pela paz, a harmonia, e a superação de grandes contradições”, com uma certa “dimensão utópica”.
Gil fez estas declarações em Cáceres, cidade do oeste da Espanha, onde recebeu o prêmio Extremadura pela Melhor Trajetória Artística de Autor Ibero-americano, entregue pelo Governo local. Um prêmio que, segundo o cantor, lhe é dado por sua contribuição à música brasileira e também por sua “simpatia”.
O músico acredita que a política não entra em contradição com a cultura. Na sua opinião, tudo o que não é natureza é cultura, e portanto, “a política, como parte da cultura, é uma forma de continuar em busca dos sonhos e dos ideais”.
A respeito do prêmio, o cantor e compositor afirmou que está muito satisfeito e esperançoso, sobretudo pela filosofia em torno deste reconhecimento, que lembra sua contribuição para a cultura universal, e acrescentou que além disso significa “estreitar laços entre dois países que têm muitas coisas em comum”.
A música brasileira, em geral, “é uma música com feitiço, com capacidade de seduzir, com força de alma, de espírito, mas isso não é de agora, é assim há muito tempo”.
Gilberto Gil, que apenas conhecia Extremadura pelos livros de história, disse que gostou muito da paisagem, “árida como o nordeste do Brasil”, e da cidade de Cáceres, que “com essa beleza tão forte deveria ser mais conhecida
Jornal do Terra