R$ 8 milhões é o buraco que causará ao caixa da TV Cultura o corte de 17% na verba que o Governo do Estado de São Paulo destina à Fundação Padre Anchieta (FPA). O cálculo é do presidente da casa, Marcos Mendonça, que distribuiu comunicado interno para explicar a crise do momento.
Em entrevista, Mendonça endossou especialmente um dos 11 itens do comunicado: aquele em que questiona os critérios do governo federal sobre a distribuição da verba publicitária oficial. Nas suas contas, a Cultura recebeu este ano R$ 300 mil (ou 0,0003% dos R$ 888,4 milhões gastos pelo governo federal em publicidade). Em 2004, a Cultura recebeu R$ 1,4 milhão e em 2002, ainda na era FHC, R$ 3 milhões. Perguntado se a redução seria obra de rixa partidária entre PSDB e PT, Mendonça tucaneia. “Estamos questionando o governo federal sobre os critérios, que eu não sei quais são”, diz.
Sobre os pagamentos atrasados, rebate que “os salários” de funcionários estão em dia, mas admite que “problemas no fluxo do caixa” possam causar, no momento, atraso no pagamento de colaboradores – o que efetivamente vem ocorrendo.