Nesta quinta-feira, 21 de julho, foi lançada política inédita de apoio e difusão da música brasileira no exterior. O secretário-executivo e ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, o presidente da Brasil Música e Arte – BM&A, José Carlos Costa Netto, e o presidente da Associação Brasileira de Gravadoras Independentes – ABGI, Solon Siminovich, assinaram o protocolo de intenções que cria o Pró-Música, Programa de Apoio à Exportação de Música. Também são parceiros do projeto: Associação Brasileira de Música Independente – ABMI, a Agência de Promoção de Exportações do Brasil -Apex e o Sebrae.
“A música brasileira tem se firmado no mundo, mas sem explorar todo o seu potencial. Por isso, decidimos investir numa política de Estado que priorizasse a música como um produto de exportação de altíssima qualidade e importância para o país”, explicou o ministro interino. “Com o Pró-Música vamos estimular a difusão da música brasileira no exterior através de três ações: divulgação, geração de negócios e estímulo à demanda”, completou o secretário de Políticas Culturais do MinC, Sérgio Sá Leitão, responsável pela gestão do programa. “Temos aqui uma típica parceria público-privado no campo da música, pois as entidades do setor entram com a contrapartida de 50%”, afirmou Sá Leitão.
A principal ação do programa é o Plano Nacional de Exportação da Música do Brasil, que será lançado no dia 02 de setembro, com a presença dos ministros da Cultura e do Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior, Gilberto Gil e Luiz Furlan. “A música francesa deu um grande salto devido à implemetação de uma política de Estado para o setor, queremos fazer o mesmo. Hoje, na França, o mercado fonográfico gera 600 milhões de euros por ano”, informou o secretário de Políticas Culturais do MinC.
Também presente na cerimônia, o gerente do Pró-Música, Michel Nicolau Netto, anunciou as ações do programa. “Vamos quantificar os impactos internos e externos das exportações de música e desenvolver uma série de intervenções de apoio e capacitação para a área”, explicou. Entre as principais ações divulgadas, estão:
– a criação da marca Música do Brasil;
– a implantação do Portal Música do Brasil, com abrangente informação sobre o setor, no país, e divulgação do projeto no exterior;
– a promoção e a divulgação da música e do artista brasileiro no exterior através de ações coordenadas, de diversos gêneros, com ferramentas digitais como o Rádio e a TV por Internet;
– o desenvolvimento e a publicação de pesquisas sobre o mercado internacional e suas exigências;
– a realização de seminários, cursos e atividades de capacitação empresarial do setor para exportação;
– a participação em feiras internacionais de música;
– a organização da vinda de jornalistas estrangeiros especializados, para ampliar a repercussão da música do Brasil no exterior;
– a produção de turnês internacionais de artistas brasileiros, visando à criação de um circuito permanente;
– a organização de catálogos de música brasileira voltados à exportação, inclusive o primeiro Catálogo Eletrônico de Música Erudita Brasileira;
“Até o final do ano, lançaremos a marca Música do Brasil, que identificará todas as ações do programa e os produtos da música brasileira no exterior”, completou Sérgio Sá Leitão, que também falou sobre a criação da base de dados da música brasileira e sobre a realização de feiras internacionais. “Inicialmente, vamos catalogar três mil artistas no Portal Música do Brasil, mas temos a ambição de chegar a 500 mil fonogramas, com a quase totalidade dos artistas brasileiros catalogados”, ressaltou o secretário. “Já sobre as feiras internacionais, esperamos excelentes resultados, pois temos dados impressionantes sobre o impacto desses eventos em outros países: a cada ano, as feiras internacionais de música fazem as vendas aumentarem em 50%”, concluiu.
Além do Pró-Música, o Ministério da Cultura implantou neste ano a Câmara Setorial de Música, que une governo e representantes de todo elo da cadeia produtiva para a formulação de políticas públicas para o setor.