Gilberto Gil
O programa do “Brasil, Brasis – o Ano do Brasil na França”, que será realizado de março a dezembro, foi apresentado esta terça-feira, em Paris, pelo ministro brasileiro da Cultura, Gilberto Gil, e os ministros franceses das Relações Exteriores, Michel Barnier, e da Cultura e Comunicação, Renaud Donnedieu de Vabres.
“A diversidade cultural e a modernidade” é o tema que presidirá as numerosas manifestações culturais e artísticas organizadas durante o Ano do Brasil na França, que será ocasião também, no mês de julho, de uma visita a Paris do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Trata-se de propor ao longo deste ano uma parte significativa da variedade e da intensidade da cultura brasileira, apresentando-a sem filtros e sem estereótipos”, declarou Gilberto Gil.
As manifestações serão organizadas em três capítulos. O primeiro, “Raízes do Brasil”, permitirá uma aproximação das identidades indígenas, da herança africana, dos tesouros do barroco e das inspirações da música popular brasileira.
O segundo vai propor seguir os passos da “Verdade Tropical” através da criatividade dos músicos brasileiros e de inúmeras reuniões sobre a diversidade cultura, o meio ambiente ou a cidadania.
Por fim, o terceiro, “Galáxias”, será uma incursão na criação contemporânea brasileira em todos os domínios, do teatro às artes plásticas, passando pelo cinema, dança e fotografia.
“Quantos Brasis para fazer um Brasil?”, questionou Michel Barnier, citando uma canção de Lenine compôs para este evento.
“O Ano do Brasil na França é um verdadeiro convite a viajar por esse país plural, descobrindo suas raízes, vibrando com sua música e percorrendo os múltiplos caminhos de sua criação”, acrescentou Barnier.
“Mais do que descoberta, é redescoberta, já que o Brasil sempre fascinou os franceses”, acrescentou o ministro, recordando que França e Brasil estão unidos por fortes vínculos históricos e culturais e têm, além disso, uma fronteira comum, a Guiana Francesa.