Por ser Pernambuco o ponto mais próximo da Europa, sofreu grande influência dos portugueses e dos negros africanos. O português, muito acessível em seu relacionamento, conseguiu a união entre pretos, brancos e índios. E dessa mistura de raças surgiram os mulatos e os mamelucos.
Muito embora a lavoura da cana-de-açúcar e da mandioca representassem imensa fonte de riquezas, o gado passou a ter um papel igualmente importante, tendo hoje o estado de Pernambuco um considerável rebanho bovino e caprino.
O vaqueiro pernambucano veste-se com roupa de couro que consiste no gibão, perneiras, o pára-peito, luvas, alpargatas ou sapato e um chapéu também de couro com a aba virada para cima.
O frevo é dança tradicional onde o povo se entrega totalmente. Nele, a música se assemelha à marchinha carioca e o passista não dispensa o guarda-chuva que o faz manter o equilíbrio como se fosse um equilibrista na corda bamba.
O frevo é descendente da Capoeira, e no Carnaval é dançado na rua e nos salões. Importante no folclore pernambucano é o Maracatu, que surgiu inicialmente nas procissões em louvor à Nossa Senhora do Rosário dos Negros e que com o tempo passou a participar do Carnaval pernambucano.
Os Cabocolinhos, é uma dança introduzida pelos missionários catequistas. O número de participantes (meninos), varia de doze a vinte. É um bailado mímico onde o adulto faz o papel de rei ou mestre, o “caboclo velho “. Os instrumentos são o pífano, maracá e o canzá ( reco-reco).
Em outros estados aparece por ocasião da Festa do Divino Espírito Santo. No artesanato, a cerâmica figureira ocupa um lugar, de destaque. E a cidade de Caruaru, próxima a Recife, representa a capital desta arte.. Foi lá que surgiu Vitalino Pereira dos Santos ( Mestre Vitalino), falecido em 1963, deixando como continuadores de sua obra, seus filhos Severino e Amaro.