O rio São Francisco marca a divisão destes dois estado. Às suas margens surgiram os primeiros criadores de gado fazendo do vaqueiro a figura folclórica do homem da região. O estado de Alagoas tem como principal trabalho artesanal a renda-de-crivo ou labirinto que foi introduzida pelas mulheres portuguesas. As labirinteiras, como são chamadas estas artesãs, criam com uma extraordinária habilidade manual verdadeiras obras de arte multicoloridas. Na dança, a mais popular no estado de Alagoas é a dança do Coco. Ela é um sapateado figurado em que tomam parte homens e mulheres.
No centro, o solista executa seus requebros e sapateados e canta o texto cujo refrão é cantado pelos demais participantes. Ao terminar faz uma reverência, sai e dá lugar a outra pessoa. A dança do Coco, como o Carnaval, representa um desabafo do nordestino. No estado de Sergipe vamos encontrar no povoado de Carrapicho a expressão máxima do artesanato sergipano que são as figuras de barro.
Neste povoado, vê-se as mulheres sentadas no chão ou de cócoras, usando sua criatividade e representando figuras de animais e pessoas . O mais conhecido folguedo nos dois estados é o Reisado. A partir de 24 de dezembro saem às ruas os vários Reisados, pois cada bairro tem o seu, cantando e dançando. Vão de casa em casa saudando os donos e pedindo contribuições para a festa.
Acreditam serem os continuadores dos Reis Magos e repetem a história do nascimento de Jesus. Simulam, também pequenas lutas de espadas entre reis e fidalgos. Os músicos tocam sanfona, pandeiro, tambor e zabumba. Os chapéus dos participantes são enfeitados com fitas douradas, estrelas e espelhinhos que funcionam como amuletos, refletindo todo mal a quem os desejou.