Casas de Cidade Antiga – Aníbal Mattos

 

Casas de Cidade Antiga

 

 

O pintor Aníbal Mattos é reconhecido como um dos mais importantes representantes do Academismo em Minas Gerais, movimento artístico “oficial” dos governos brasileiros desde o patrocínio imperial à Missão Artística Francesa de 1816 (que trouxe o estilo da Europa para o Brasil), e a posterior fundação da Escola Nacional de Belas Artes (RJ). Apoiado por prefeitos contrários às transformações modernistas implementadas em Belo Horizonte, Aníbal Mattos buscou realizar obras conservadoras e pouco provocativas, que primavam pelos preceitos positivistas da ordem e da manutenção dos cânones artísticos acadêmicos. Entre as influências de Mattos está o paisagista alemão radicado no Brasil, Georg Grimm, de quem herdou o gosto pela pintura de paisagens com cores fortes luminosas. Contudo, Mattos produziu uma concepção própria de paisagem, não formal e documentalista, mas interpretativa e emotiva, como vemos neste quadro. 

 

                       

Autor Aníbal Mattos 

Local Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Data 1926

 

 

 

 

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Instituição Museu Mineiro 

Notação MMI 9900714

Proveniência  Coleção Pinacoteca do Estado. 

 

HISTÓRIA

Com o advento da República, a pintura – caracterizada pelos rígidos padrões da Academia Imperial das Belas Artes – inicia um processo de acentuada renovação. Os novos valores estéticos que contribuem para o surgimento do Modernismo, em 1922, seguem convivendo com a visão pictórica neoclássica, destacando-se, nesse contexto, os artistas Eliseu Visconti, Henrique Bernadelli, Belmiro de Almeida, Rodolfo Amoêdo e Anita Malfatti, com sua polêmica exposição em 1917. Dentre os participantes da Semana de 22, além de Anita, tiveram especial relevo Di Cavalcanti e Goeldi. Os artistas do Rio de Janeiro continuam a movimentação renovadora através de mostras como as do Salão da Primavera, em 1924 e 1925, e a do Salão do Outono, em março de 1926. Em 1928, Cícero Dias realizou uma impactante exposição no Salão da Policlínica, e Lasar Segall, no Palace Hotel. Em 1929, é a vez de Tarsila do Amaral, em sua primeira exposição no Brasil. A partir de 1930, a estética modernista tende a ser assimilada.

 

Bibliografia 

PONTUAL, Roberto. 

Dicionário de artistas plásticos.

 

 

 

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