A Maldição do Vale Negro traz decadência aristocrática
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A Maldição do Vale Negro apresenta ao público o melodrama e um cenário virtual
Curitiba, PR – A Maldição do Vale Negro, da Caravana Produções de São Paulo, traz para o Festival de Teatro de Curitiba alguns recursos clássicos do melodrama e um cenário virtual, com animação em terceira dimensão. A peça é dirigida por Luiz Arthur Nunes, e fará sua última apresentação no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão), neste domingo (20).
Escrita a quatro mãos, em 1986 pelo escritor Caio Fernando Abreu (1948-1996) e o diretor teatral Luiz Arthur Nunes, o texto foi ganhador de vários prêmios, entre eles, o MOLIÈRE, como melhor autor e melhor cenografia, em 1988. A montagem conta a história de um lugar cercado de mistérios, segredos e maldições onde vivem os remanescentes da família Belmonte, aristocratas à beira da ruína por um dívida de jogo.
Nesta, que é a terceira montagem do texto, são utilizados os desenhos originais que foram premiados em 1988, só que com um toque de inovação. O cenário virtual é projetado em terceira dimensão com animação. “O recurso garante agilidade para o espetáculo. Podemos nos deslocar para outras cidades com mais rapidez”, disse Luis Arthur Nunes.
Ele define o espetáculo como uma paródia, que não faz o estilo comédia debochada, mas respeita todos os princípios do gênero. “Buscamos a dramaticidade exacerbada e o resultado que alcançamos é o humor. A interpretação dos atores também segue as regras do melodrama”, comenta.
No elenco estão atores como Camila Pitanga, Marcos Breda e Bruno Garcia, entre outros. A peça também tem a participação em off do ator Paulo Autran. O recurso remete aos textos narrativos das novelas de rádio na década de 50. As narrações de Paulo Autran ganham dinamismo e um ar mágico e plástico, pois são ilustradas por quadros vivos. A peça encerra a sua participação do FTC hoje (20), às 20h30, no Guairão.
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