GRUPO VIENTOSUR
Apresenta:
“ENCANTO NEGRO”
– Espetáculo de musica, poesia e dança figurativos da diáspora negra em toda América Hispânica.
Teatro Guaíra – Sexta-feira – 17 de junho de 2005.
Horário: 21 horas
Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão).
Ingresso: 1 agasalho
História
· Segundo (Hugh Tracey – musicólogo africano), o primeiro carregamento de escravos negros trazidos à América do Sul foram os “shanghaans” de Moçambique (um grupo costeiro) já no ano de 1530.
· Iniciou-se assim a diáspora negra em nosso continente, um recomeço de vida de forma ainda mais difícil do que na Mãe-África…na condição de escravos…
MÚSICA E POESIA NEGRAS.
· Podemos dizer que poesia e música são irmãs gêmeas. Cada vez que o homem reinicia sua própria busca, elas sempre aparecem juntas, dispostas para ajudarem na sua compreensão existencial. Assim foram os versos de Homero, estavam sempre acompanhados do Fórminix. Também o Alaúde encostado no coração dos trovadores, as flautas Maias e as “Quenas” assobiavam com o vento o que seus poetas respiravam.
· O negro africano é também um apaixonado e cativado pela poesia. Neste novo continente, apenas “aprenderam” as novas línguas: o inglês, o francês, o espanhol, o português e toda sorte de neologismos e doutrinas. A diferença se reflete na ternura que nasce e adquire corpo em expressões variáveis, reais, que se manifestam no seu dia a dia…
· Naturalmente, às vezes, é difícil compreender a poesia dos negros. É uma poesia construída por palavras, poucas, carregadas de muita emoção. Podem ser aquelas que escutavam quando crianças, como aquelas lembradas pelo misterioso atavismo das tradições africanas; palavras inventadas, novas, quase derivadas da grande onomatopéia ou das selvas, ou dos sofrimentos, ou da magia ou da bruxaria. Na maioria dos seus cantos não encontraremos a poesia total, a poesia elaborada e sim aquela verdadeira poesia, que mais do que de concordâncias e acentuações, vive da mesma força que adquire a própria palavra ao ser cantada.
· São apaixonados pela reiteração, pois querem comunicar, insistir, assegurar. Por isto quando escutamos seus refrões percebemos que são repetições dos mesmos temas. É um sentimento maravilhoso, a poesia desprovida de compromissos visuais.
· Com o tempo, pouco a pouco, surgiram os poetas ao estilo ocidental, os poetas das rimas, dos versos e dos sonetos e, como era de se esperar, poetas de fina sensibilidade e sagaz profundidade, poetas que já não necessitaram do canto, o poeta branco irmanou-se com a dor de seus companheiros negros e também vieram os poetas mestiços.
· Só para ilustrar, toda a obra literária de Nicolás Guillén (Cuba, +1902 -*?) possui uma energia que se converte em nobre orgulho de negros, índios e de brancos, de cubanos e latino-americanos. É uma voz diferente, compêndio de tanto anseios e sofrimentos, porém, ao mesmo tempo, repleto de orgulho que revela futuras conquistas e encontros.Sua poesia “sofre” como se fossem esculturas Olmecas, pedras enormes com peso espiritual, de lábios grossos, de vozes que retumbam como seus tambores.
“Encanto Negro”
Musica, Poesia e Dança figurativas da diáspora negra na América Hispânica.
RELEASE:
“Encanto Negro” mostra através da poesia, musica e dança, algumas das influências negras nas manifestações culturais dos paises hispano-americanos.
“Encanto Negro” é uma pequena introdução a imensa variedade de expressões artísticas que hoje encontramos em nosso território.
O processo de desenvolvimento (antropológico) dos povos nativos em território americano foi interrompido pela conquista Espanhola.
O tráfico de escravos negros instaurou-se como fonte de geração de riquezas a serviço da corte espanhola, e anos mais tarde os descendentes destes escravos continuam a ser uma grande fonte de riquezas na formação da identidade cultural destes povos.
A forte presença negra em paises como: Cuba, Venezuela, Colômbia, Peru, Uruguai, Bolívia (etc), luta por manter vivas as tradições e legado cultural, manifestando-se ativamente na miscigenação como um dos pilares que sustentam a nova estrutura social.
Com ritmos de “Landó” e “Saya” (Peru), “Són”, “Rumba” e “Guajira”(Cuba) “Candombe”(Uruguai), “Cumbia” (Colômbia), e algumas danças como a “Saya Caporal” (Peru) e o “Tambor de Crioula” (Maranhão-Brasil), os artistas com suas interpretações convidam a platéia a reflexão, em 90 minutos de entretenimento cultural.
Interpretes:
GRUPO MUSICAL VIENTOSUR (5 MUSICOS)
CORPO DE DANÇA VIENTOSUR (6 DANÇARINOS)
LOCAL e HORARIO: Teatro Guaira – Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão).
DATA: 17 de junho de 2005
GRUPO VIENTOSUR
INTEGRANTES:
CARLOS LOBO (Argentina): Vocal e Violão.
JAVIER ESTIGARRIBIA (Argentina): Vocal, Baixo, Sopros andinos (Quenas, Zampoña, Quenacho e Tojo).
LUIS GASPAROVIC (Argentino) Vocal, Sopros andinos (Zampoña, Putza, Tojo)
OSCAR MARADEI (Argentina): Vocal e Violão, Baixo e Charango.
DENNIS IURK (Brasil): Percussão.
A principal característica musical do “Vientosur” encontra-se no repertorio eclético, interpretando temas desde “O Trenzinho do Caipira” de Villa-Lobos passando por “La Orquesta” de W.A. Mozart, pela doce “Romaria” de Renato Teixeira e clássicos da musica latina como “Guantanamera” (J. Martí) e “Yolanda” (Pablo Milanés).
Também é característica do grupo, entremear com grande dose de humor as apresentações da música latino-americana, em que pese há muito tempo ser considerada séria, dura e contestatória. Não esquece, obviamente, o conteúdo social presente na poesia dos seus compositores.
Tem seis CDs gravados. Desde a sua fundação em 1986 o grupo musical VIENTOSUR dedica a maior parte do seu tempo na divulgação da cultura musical latino-americana incluindo neste conceito a inclusão do Brasil no contexto latino-americano. Atualmente vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa e divulgação da cultura latino-americana em todo o território Brasileiro, sendo o principal publico alvo as populações escolares do primeiro e segundo graus além de universitários.
Contabiliza em seus shows várias apresentações nos principais Teatros do Brasil, destacando-se: Teatro Amazonas(Manaus); Teatro Cultura Artística, Centro Cultural São Paulo, Memorial da América Latina (São Paulo); Teatro do SESC (Santos); Teatro Guairá, Ópera de Arame, Teatro HSBC, SESC da Esquina, Teatro da Reitoria (Curitiba); Teatro Municipal de Campo Mourão/PR.
Já dividiu o palco com: GRUPO TARANCÓN(SP), SEBASTIÃO TAPAJÓS, DANTE RAMÓN LEDESMA (ARGENTINA), JICA Y TURCÃO (SP) e foi grupo solista juntamente com o CORAL SINFÔNICO DO ESTADO DE SÃO PAULO no musical “MISA CRIOLLA”, obra folclórico-litúrgica do compositor argentino Ariel Ramirez.
CONTATO:
Denis Iurk: Cel. 41-9206.8110.