Teatro no Sangue e na Alma – Antunes Filho

A dramaturgia de Antunes Filho

É comum que as pessoas, principalmente do meio artístico, digam: “Vou ver a nova peça do Antunes”, referindo-se à nova encenação do diretor Antunes Filho. A presença dele na direção é um fato tão forte que o espetáculo fica indissoluvelmente ligado ao seu nome, ao seu estilo, à sua marca, à sua “autoria”. Este paulista do Bexiga passou por múltiplas experiências, da teledramaturgia ao “distanciamento” de Brecht, e do Teatro Brasileiro de Comédia às encenações comerciais, antes de romper com tudo e encenar “Macunaíma”, em 1978, após um ano de ensaios intensos com atores desconhecidos. De lá para cá, criou um método em que corpo e voz formam uma unidade chamada ator, ao mesmo tempo em que instituiu uma nova estética teatral, a partir de inquietações sociais, éticas e metafísicas. Em entrevista exclusiva à Continente, o encenador fala do seu método revolucionário, da importância da formação de atores competentes para que exista um teatro brasileiro de qualidade e anuncia que um de seus próximos projetos é encenar um texto de Ariano Suassuna.

 

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