Tarde Gastronômica e Literária do Pará em São Paulo

No próximo sábado, dia 16 de julho haverá a inauguração de um espaço para culinária do Pará na área de alimentação da Feira de Artes da Praça Benedito Calixto. Para celebrar a cultura gastronômica do Pará em São Paulo, vamos realizar uma tarde literária paraense, ou paroara, reunindo poetas e escritores da terra, entre eles Celso de Alencar, Nicodemos Sena com leituras e autógrafos de seus livros, contaremos com a participação de outros convidados. Na mesma ocasião faremos tributo a um dos mais expressivos compositores brasileiros, o paraense Billy Blanco, falecido recentemente.
Serviço
O Autor na Praça

apresenta Tarde Gastronômica e Literária Paraense com Celso de Alencar, Nicodemos Sena e outros convidados

 

Dia 16 de julho, sábado, a partir das 14h.
Espaço Plínio Marcos

– Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros.
Informações

: Edson Lima – 3739 0208 / 9586 5577 – edsonlima@oautornapraca.com.br.
Realização

: Edson Lima & AAPBC.
Apoio

: Casa Puebla, AEUSP – Associação dos Educadores da USP, Artver, Max Design, Cantinho Português, TV da PRAÇA, Enlace-media.com e Restaurante Consulado Mineiro.
CELSO DE ALENCAR

– Poeta e declamador. Sobre Celso de Alencar, o poeta e crítico Cláudio Willer, afirma que se trata do mais enfático poeta contemporâneo brasileiro, enquanto o compositor e poeta, Jorge Mautner, o considera um poeta da 4ª dimensão, escandalizador e libertador de almas. É reconhecido entre os grandes talentos da Geração 70. É tradutor da poesia do nicaraguense Rubén Darío e intérprete da poesia de Mao Tse Tung. É autor de Tentações (1979), Salve Salve (1981), Arco Vermelho (1983, 1985 e 1992) Os Reis de Abaeté (1985), O Pastor (1994, infanto-juvenil), O Primeiro Inferno e Outros Poemas (1994 e 2001), Sete (2002), A Outra Metade do Coração (CD-antologia poética), Testamentos (2003), Livro Obsceno (2008). Participou de diversas antologias entre as quais, as mais recentes, Fui Eu (1998, São Paulo), Poesia Contemporânea Brasileira (2001, Portugal, Ed. Alma Azul), Poesia do Grão-Pará (2001, Governo do Estado do Pará), Scéne Poétique (2003, dez poetas franceses e dez poetas brasileiros, edição Consulado da França em São Paulo e Cena-Centro de Encontro das Artes), Quando Freud Não Explica Tente a Poesia (2007, São Paulo), Poemas Que Latem ao Coração (2009).
Celso de Alencar

por ele mesmo: www.youtube.com/watch?v=1z-ChbcIwXk&feature=related.
NICODEMOS SENA

nasceu no dia 8 de julho de 1958, em Santarém, Pará, Amazônia brasileira, passando parte de sua infância entre índios e caboclos do rio Maró, na região de fronteira entre os estados do Pará e Amazonas. Dessa experiência – que marcou para sempre a sensibilidade do escritor identificado com a terra e os povos da Amazônia – extrairia a matéria-prima com que comporia os seus romances. Em 1977, vem para São Paulo, formando-se em Jornalismo, pela PUC (Pontifícia Universidade Católica), e em Direito, pela USP (Universidade de São Paulo). Repórter e Redator em órgãos da imprensa de São Paulo. Durante o ano de 2000, retorna ao Pará, exercendo o cargo de Diretor de Redação de “A Província do Pará”. Em 1999, faz sua estreia literária com o romance “A espera do nunca mais – uma saga amazônica” (Editora Cejup, Belém, 876 pág.). A crítica recebe “A espera do nunca mais” com entusiasmo. Em 2002, Nicodemos Sena aparece no ‘Dossier Amazónico’ publicado na revista literária portuguesa “Construções Portuárias” (nº01), no qual foi incluído um trecho do seu segundo romance A noite é dos pássaros, ao lado de importantes escritores da Amazônia, entre os quais Max Martins, João de Jesus Paes Loureiro, Vicente Franz Cecim, Age de Carvalho, Benedicto Monteiro e Benedito Nunes. Em 2003, “A noite é dos pássaros” é publicado em forma de folhetim, em dezoito episódios semanais, de 3 de abril a 31 de julho, no jornal “O Estado do Tapajós” (Santarém do Pará) e na revista eletrônica portuguesa “TriploV”. Ainda em 2003, “A noite é dos pássaros” é publicado em formato livro (Editora Cejup, 136 pág.). No mesmo ano fragmentos de “A noite é dos pássaros” são publicados nas revistas “Palavra em Mutação” (nº02) e “Storm-Magazine”, ambas de Portugal. Ainda em 2003, “A noite é dos pássaros” conquista o prêmio Lúcio Cardoso, da Academia Mineira de Letras, e, em 2004, Menção Honrosa no prêmio José Lins do Rego, da União Brasileira de Escritores (UBE/Rio de Janeiro). Nicodemos Sena é nome reconhecido fora da Amazônia, tornando-se verbete na “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, direção de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa (edição conjunta da Global Editora, Fundação Biblioteca Nacional, DNL, Academia Brasileira de Letras, 2ª edição, 2001). Foi incluído por Carlos Nejar em sua “História da Literatura Brasileira – da Carta de Caminha aos Contemporâneos”, entre os “grandes nomes na ficção surgidos após a década de 1970”, Fundação Biblioteca Nacional, RJ, e Texto Editores Ltda., SP. Por seu estilo vigoroso e a temática inspirada na vida das populações marginalizadas da Amazônia (indígenas e caboclos). Em 2009, foi lançado “A mulher, o homem e o cão” (Ed. LetraSelvagem, SP, 152 pág., Taubaté-SP), novo romance de Nicodemos Sena. Ainda em 2009, Nicodemos Sena foi convidado ao II Salão do Livro de Santarém do Pará, sua cidade natal. Atualmente é Tesoureiro-Geral da UBE/SP (União Brasileira de Escritores de São Paulo) no mandato 2010/2011. Nicodemos Sena reside em Taubaté (São Paulo, Brasil).

 

Saiba mais sobre Nicodemus Sena: www.revista.agulha.nom.br/nicodemossena.htm.
Sobre a Gastronomia do Pará –

Considerada uma das culinárias mais “brasileiras” do País, a gastronomia do Pará tem sim a cultura indígena como sua maior influência, mas também carrega consigo traços portugueses e africanos. Os elementos encontrados na região da Amazônia formam a base de seus pratos, com o acréscimo do camarão, caranguejo, pato e dos peixes, todos temperados com folhas e frutas nativas. Destacam-se: açaí, bacaba, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pupunha, tucumã, muruci, piquiá e taperebá –, pimentas de cheiro e ervas. Os mais tradicionais são cozidos em panelas de barro ou assados em moquéns e embebidos de tucupi, caldo amarelo extraído da mandioca. Aliás, a raiz é uma das bases da culinária paraense, e sua farinha não pode faltar nos pratos locais. Entre os destaques da cozinha paraense estão:
Pato no tucupi

– Constituído de pato, tucupi e jambu. O tucupi é um caldo amarelo extraído da mandioca e por isso precisa ser cozido durante uma semana. O pato, depois de assado, é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho por algum tempo. O jambu é fervido em água com sal, escorrido e posto sobre o pato. É servido com arroz branco e farinha de mandioca.
Maniçoba

– Do tupi Maní, deusa da mandioca. Usa-se tipicamente uma panela de barro ou de porcelana. O prato demora pelo menos uma semana para ser feito, pois a folha da maniva (a planta da mandioca), depois de moída, deve ser cozida durante, pelo menos, quatro dias com a intenção de eliminar o ácido cianídrico que contém. Depois disso é acrescentado o charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costelas salgadas de porco, chouriço, linguiça e paio, praticamente os mesmos ingredientes de uma feijoada completa. É servido com arroz branco, farinha d’água e pimenta de cheiro a gosto.
Caruru

– Feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde (alfavaca e chicória), farinha seca bem fina e azeite de dendê. Após fervidos o quiabo, o tempero verde e os camarões na água, acrescenta-se a farinha e faz-se um pirão. Estando pronto o pirão, adicionam-se os quiabos bem escorridos, o camarão já refogado com todos os temperos e, por último, o azeite de dendê.
Tacacá

– De origem indígena, o Tacacá é um mingau quase líquido servido em cuias e vendido pelas “tacacazeiras”, geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades paraenses, sobretudo Belém. É constituído de uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco.
Chibé

– Vocábulo tupi, composto de Che – eu, meu – e Ibe ou Tibe – caldo. É considerada a mais paraense de todas as comidas. Uma bebida com um gosto levemente acidulado. Leva farinha de mandioca e água.
Mujica –

É um prato de espécie cremoso que pode ser feita de farinha de peixe conhecida como piracuí, massa de siri ou caranguejo.
Doces –

As sobremesas paraenses são ricas em frutas, principalmente vindas da Amazônia, e licores. Os principais frutos que marcam a culinária regional são: açaí, cupuaçu, pupunha, guaraná e a manga. Há também outras frutas regionais de sabor peculiar, tais como bacuri, taperebá, jaca, muruci, sapotilha, entre outras.
Fonte

: http://www.pa.gov.br/O_Para/culinaria.asp.

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