Serra da Barriga (AL) concorre ao título de Patrimônio Cultural do Mercosul

Serra-da-Barriga

Local recria o ambiente da República dos Palmares, maior e mais organizado refúgio de negros, índios e brancos da América Latina

Um dos principais símbolos da resistência à escravidão que reinou no País entre os séculos XVI e XIX, o Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, concorre ao título de Patrimônio Cultural do Mercosul.

A candidatura se insere na proposta La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR, juntamente a Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Fundação Cultural Palmares (FCP), elaborou e protocolou o dossiê de candidatura, que foi entregue no início deste mês ao Comitê Técnico do Patrimônio Cultural do Mercosul.

“O reconhecimento do Quilombo dos Palmares já começou quando este foi eleito patrimônio nacional na década de 1980, fato que representou a afirmação dos movimentos negros no País e a criação da Fundação Cultural Palmares”, declarou Candice Ballester, arquiteta e urbanista, coordenadora da elaboração do dossiê pela Assessoria de Relações Internacionais do Iphan.

A análise pelo Comitê está prevista para ocorrer em maio e servirá como subsídio para a avaliação final pelo Comitê do Patrimônio Cultural (CPC), que deve ocorrer em outubro, em Maceió, Alagoas.

Serra da Barriga

Foi na Serra da Barriga que os descendentes dos africanos escravizados, que conseguiram fugir dos seus capatazes, conseguiram fundar a República dos Palmares, maior quilombo da América Latina.

A diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Carolina Nascimento, destaca que a Serra da Barriga abriga o primeiro e único parque de memória da cultura negra no Brasil. “No Quilombo dos Palmares, viveu Zumbi, líder que guiou, na luta contra a opressão das tropas holandesas e do exército colonial, centenas de homens e mulheres escravizados que buscaram nas matas da serra refúgio”, afirmou.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Cultura, do Iphan e da Fundação Cultural Palmares  

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