Salgueiro é a escola campeã do Carnaval do Rio

 

 

 

O Salgueiro foi o campeão do Carnaval 2009 no Rio de Janeiro. A apuração terminou no final da tarde desta quarta-feira. O Salgueiro somou 399 pontos. A Beija Flor ficou em segundo, com 398 pontos, e a Portela, em terceiro com 397,9. A escola, que em 2008 ficou com o vice-campeonato, foi a segunda agremiação a desfilar na noite de segunda-feira na Sapucaí.

A vermelha-e-branca da Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio, conquistou o campeonato com o enredo “Tambor”, sob o comando do carnavalesco Renato Lage. O desfile mostrou a importância do instrumento na história da humanidade.

Ao todo, desfilaram 36 alas, oito alegorias e 4,1 mil componentes. O carro abre-alas, chamado de “Tambores da academia”, tinha 15 tambores em branco-e-vermelho.

Viviane Araújo

Durante o desfile, a rainha de bateria da escola, Viviane Araújo, machucou o ombro, mas o incidente não prejudicou seu desempenho na Sapucaí. Ela saiu chorando do Sambódromo logo após o término do desfile. Antes de abandonar a avenida, deu um abraço na presidente da escola, Regina Duran.

O percussionista e compositor Carlinhos Brown, criador da Timbalada, desfilou em uma réplica do primeiro trio elétrico da Bahia. Ele foi um dos destaques ao lado de Angela Bismarchi e Sabrina Sato, além dos atores Paulinho Vilhena e Eri Johnson.

Depois de Ronaldinho e Gleice Simpatia, o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Daniel e Luana, fez bonito no Sambódromo. “A Furiosa”, como é conhecida a bateria do Salgueiro, fez de seus ritmistas verdadeiros ogãs, que são os responsáveis pelo batuque nas casas de umbanda e candomblé. Os músicos foram comandados por Mestre Marcão.

A escola desfilou com uma corte africana na Avenida, entre sacerdotes, rainhas e muitas divindades evocadas pelo som do batuque. O desfile do Salgueiro ganhou toques afro já na segunda alegoria, que mostrava onde o instrumento começou a ganhar ares religiosos.

As baianas e a velha-guarda – raízes por excelência do Salgueiro – desfilaram no setor africano, representando sociedades tribais do continente que davam vida ao som da batucada. Os orixás, cultuados também no Brasil, ganharam uma alegoria própria, em que o branco predominou.

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