Em 14 de novembro de 1921 morria Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a Princesa Isabel. Nascida em 29 de Julho de 1846, no Rio de Janeiro, ela era a segunda filha de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina.
Isabel foi por três vezes regente do Império. Nas ausências do Imperador D. Pedro II, substituiu o Governador, com os gabinetes Rio Branco (1871 a 1872), Caxias (1876 a 1877), Cotegipe e João Alfredo (1877 a 1888).
Sancionou as Leis relativas ao primeiro recenseamento do Império, naturalização de estrangeiros, desenvolvimento da viação férrea, solução de questões de limites territoriais, e relações comerciais com países vizinhos.
Em 28 de setembro de 1871, sancionou a Lei do Ventre Livre, e em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea, lei esta que extingiu a escravidão em todo Brasil. Por ter promulgado a Lei Áurea, a Princesa Isabel alcançou um lugar de destaque na História do Brasil. Esse ato conteve um longo combate, sustentado pelos abolicionistas, que não concordavam em aceitar a aplicação da escravidão de seres que tinham o mesmo direito à liberdade.
Entretanto, essa atitude persuadiu o destino da monarquia, que teve suas colunas abaladas a tal ponto que não cederam as investidas dos republicanos, agora apoiados pelos fazendeiros, que exigem indenizações pela perda de seus “bens”, mas não receberam.
Logo depois da Proclamação da República, tendo sido a família Imperial banida do território nacional, a Princesa acompanhou-a no exílio, na França, onde faleceu. Seus restos mortais foram transferidos para o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido em 6 de julho de 1953.