Para Maquiavel, a política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder. Para Aristóteles, uma “ciência prática” que nos ajuda a agir pela felicidade e o bem-estar dos seres humanos.
O Estado brasileiro colhe os louros de uma política setorial de cultura. Bem ou mal, a Santa Lei Rouanet e suas bem-aventuradas companheiras de milagre conseguiram, durante a última década, um crescimento da atividade cultural de aproximadamente X%. Uma economia que movimenta hoje no país algo próximo de algum patamar que não sabemos com muita precisão, dada a nossa aparente incapacidade em investigar os limites da cadeia, mas que deve ser relevante.
Quem sabe o que significa financiar um projeto cultural no Brasil, sabe que vale comemorar. Quem não sabe, talvez ache que não valha. Em ambos os casos, entretanto, há aqueles que não vêem graça em colocar nas mãos de patrocinadores a direção política de uma economia capaz de movimentar centenas de bilhões em ativos nos EUA.
Sempre aparecem também aqueles estrangeiros desavisados que, deslumbrados com o Brasil, te perguntam esperando uma resposta fácil:”e os direitos, as liberdades, a diversidade? E as identidades, a expressão, a cidadania, a memória? Todas essas questões culturais? A sociedade brasileira tem uma política cultural para elas?”
E agora?
http://culturaemercado.locaweb.com.br/setor.php?setor=6
André Martinez
Cultura e Mercado