A cultura e a memória nacionais acabam de ganhar um novo veículo de informação. Trata-se da revista eletrônica Patrimônio, que está sendo lançada pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas, e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O objetivo da Patrimônio é aproximar pesquisadores do público interessado em ciência e cultura, de estudantes de segundo grau a acadêmicos.
“Sem a mediação do jornalismo científico, dificilmente o grande público – mesmo o universitário – teria meios de aprofundar o conhecimento das questões do patrimônio”, diz Antonio Augusto Arantes, presidente do Iphan.
A revista eletrônica terá atualização semanal nas seções de notícias e agenda e bimestral nas seções de reportagens, artigos, entrevistas, memória e fototeca. As seções de reportagens e artigos formam um dossiê temático.
Na primeira edição, o dossiê Brasil Afro-descendente traz destaques como reportagens sobre os terreiros de candomblé tombados pelo Iphan em 21 anos, a contribuição das crenças afro-brasileiras para a identidade nacional e faz uma leitura do samba-de-roda do recôncavo baiano.
Carlos Vogt, coordenador do Labjor e presidente da FAPESP, comenta em artigo os estudos e as atitudes intelectuais e políticas voltados para a questão do negro no Brasil. Em outro artigo, Adler Homero Fonseca de Castro, pesquisador do Iphan, fala sobre os trabalhos para a preservação da memória de comunidades quilombolas.
Na seção Memória, o destaque são as preocupações de Mário de Andrade (1893/1945), autor de Macunaíma, em documentar a cultura popular. Em 1938, o escritor organizou uma expedição para registrar em filmes, partituras e gravações as manifestações folclóricas do Norte e Nordeste do país. Outra atração da primeira edição é uma entrevista com Gilberto Gil, ministro da Cultura.
A revista Patrimônio é uma publicação aberta e gratuita. Os interessados também podem se cadastrar para receber novidades por e-mail.
Patrimônio: www.revista.iphan.gov.br