Há 71 anos, aconteceu a Batalha de Okinawa, considerada a maior invasão anfíbia realizada na Campanha do Pacíficio na 2ª Guerra Mundial. Foi o último grande confronto antes dos lançamentos das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Localizada perto da China e da península coreana, Okinawa era cobiçada pelos Estados Unidos por causa da posição estratégica.
Apresentação Dilson Santa Fé
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HISTÓRIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A Batalha de Okinawa ocorreu entre Abril e Junho de 1945 e foi considerada a maior invasão anfíbia realizada na campanha do Pacífico durante a Segunda Guerra. Foi a última grande batalha antes do lançamento das bombas atômica sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki. A ilha de Okinawa é a principal ilha do grupo Ryukyu do Japão. Devido a intensidade dos combates os habitantes de Okinawa a denominava de “tetsu no ame,” “tetsu no bōfū” ou “chuva de ferro” e “vento violento de aço. Em Okinawa, ocorreram muitas baixas entre os combatentes e a população civil que habitava a ilha.As baixas entre soldados norte-americanos ultrapassou as ocorridas nas Batalhas de Iwo Jima e Guadalcanal juntas. Mais de 12500 soldados norte-americanos e 137500 japoneses perderam suas vidas. Ao término da batalha, apesar de todo apelo americano, muitos japoneses optaram por cometerem suicídio a serem feitos prisioneiros. O ataque à ilha foi confiada ao 10º Exército norte-americano que possuía 2 corporações, a III Corporação Anfíbia constituída da 1ª e 6ª divisões de fuzilieros, a 2ª divisão composta de um reserva e a XXIV Corporação, constituída da 7ª, 27ª e 96ª divisão de infantaria. O 10º Exército era comanda pelo tenente-general Simon Bolivar Buckner, Jr e os japoneses tinham, sob seu comando, o general Mitsuru Ushijima. Ushijima concentrou as principais linhas defensivas de sua guarnição de 100 mil homens do 32º Exército na montanhosa região localizada ao sul da ilha.A defesa do norte da ilha era liderada pelo general Takehido Udo. Em 1º de abril de 1945 deu início a conquista de Okinawa. Os EUA penetrou no Mar da China com uma força naval constituída de 40 navios-aerodromos, 18 couraçados, 200 contratorpedeiros, centenas de navios de transporte, cruzadores, cargueiros, submarinos, caças-minas, navios de desembarques e mais uma infinidade de outras embarcações. Em 1944, antes do ataque à ilha, submarinos norte-americanos haviam destruídos todas a s embarcações do Japão. O USS Sturgeon, após ter escapado de cargas submarinas, afundou o Toyama Maru que transportava 5600 homens rumo a Okinawa. O Tsushima Maru, navio japonês de evacuação, também teve o mesmo destino sendo afundado, desta vez, pelo USS Bownfin com 1484 mulheres e crianças à bordo.Após um intenso bombardeio aeronaval os fuzileiros norte-americanos desembarcaram na parte central da ilha. Os soldados ficaram surpresos pois os japoneses, não dispararam nenhum tiro durante um intervalo de tempo. A estratégia americana para a invasão de Okinawa era dividir a ilha em duas partes. O norte da ilha ficou sob responsabilidade dos fuzileiros e o sul com divisões do Exército. Em quatro dias os norte-americanos conquistaram o extremo setentrional e ao final de um mês os fuzileiros não encontraram nenhum foco de resistência. A partir desse momento, os norte-americanos dirigiram-se ao sul da ilha onde localizavam-se as cidades de Shuri e Naha. Eram cercadas por terrenos escarpados que propiciava aos japoneses a construção de cadeias de fortificações interligadas através de túneis (linha Shuri). Após os intensos bombardeios provocados pela aviação e navios norte-americanos, as florestas da ilha ficaram totalmente devastadas. Nessa área encontrava-se soldados japoneses e civis dispostos a fazer frente ao avanço dos fuzileiros. Os soldados norte-americanos, passaram a sofrer pesadas baixas ocasionadas por fogo de casamatas. Sem o apoio naval, os soldados tiveram que destruir cada bunker numa luta feroz palmo à palmo. Cerca de 48% das baixas americanas foram causadas por estresse de combate pois percebiam que famílias inteiras eram incineradas ao destruírem as casamatas através de granadas e lança-chamas. A essas alturas, a propaganda japonesa alertava a população de Okinawa que os soldados americanos iriam violentá-las e torturá-las e que, a melhor opção não seria a rendição mas o suicídio. Os japoneses, após 82 dias de intensos combates, perderam o controle da ilha mas sua disposição de lutar até o fim permanecia inabalável. Nos arredores da ilha o Japão empregou uma série de ataques kamikases e bombardeios gerando o afundamento de 60 embarcações norte-americanas.O supercouraçado Yamato, orgulho da frota imperial, foi aportado ao largo de Okinawa com o objetivo de causar o máximo de destruição as forças invasoras. Os submarinos Hackleback e Threadfin detectaram uma pequena frota comandada pelo Yamato que acabou sendo atacadas pelos aviões dos porta-aviões da Força-tarefa 58. Após uma hora e meia de bombardeios, o Yamato explodiu e afundou com 2,5 mil homens. Desse momento em diante, os combatentes em Okinawa estavam desamparados e entregues à própria sorte. Após seis dias de ofensiva norte-americana, os ataques japoneses começaram a enfraquecer. O norte da ilha caiu em 20 de Abril e o sul em 22 de Junho.Os comandantes de ambas as forças morreram; o general Mitsuru Ushijima cometeu suicído e o comandante norte-americano,tenente-general Simon Bolivar Buckner Jr., foi morto no final da batalha por um “ricochete” de artilharia. A Batalha de Okinawa teve como saldo final os seguintes resultados:
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.
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