Ouça “História Hoje” 17/10: Conheça a trajetória da compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga

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Dezessete de outubro de 1847, nascia Francisca Edwiges Neves Gonzaga.

Natural do Rio de janeiro, Chiquinha Gonzaga deixou sua marca na história da Música Popular Brasileira. De personalidade criativa e revolucionária, participou do movimento pela abolição da escravatura, lutou pela liberdade de pensamento e em prol das causas humanitárias e culturais.

Apresentação Carmen Lúcia

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Era uma mulher a frente de seu tempo. Com coragem, enfrentou a sociedade conservadora, despertando a rejeição de uns e a admiração de outros.

 

Em 1914, a música Corta-jaca, de Chiquinha Gonzaga e Machado Careca, foi executada em uma recepção no Palácio do Catete. Era a primeira vez que ouvia-se música popular brasileira em um salão nobre.

 

Nem todos apreciaram. Os jornais comentaram. No Senado, Rui Barbosa discursou, assegurando que o maxixe era a dança mais chula, baixa e grosseira de todas as danças selvagens; irmã gêmea do cateretê, do batuque e do samba.

 

Para entender a obra de Chiquinha Gonzaga, é preciso mergulhar em suas origens. Em 1899, sentou-se ao piano e compôs, em homenagem ao cordão Rosa de Ouro, a primeira canção carnavalesca: “Abre Alas”.

 

A revolução proposta pela primeira maestrina e primeira pianista de choro, fundadora da sociedade protetora dos direitos autorais encantou gerações, ultrapassando os limites impostos pelo tempo. E ainda introduziu a música popular nos elegantes salões da época.

 

O casamento veio aos 16 anos, por imposição dos pais. Pouco tempo depois, a separação e um novo casamento. E, mais uma vez a separação. Intimada a escolher entre a música e o marido, Chiquinha não teve dúvida e, assim, sofreu muito preconceito por desafiar antigos padrões e lutar por sua felicidade.

 

Aos 52 anos de idade, já consagrada, Chiquinha conheceu o jovem português João Batista Fernandes Lage, que mais tarde mudou seu nome para João Batista Gonzaga. Joãozinho foi seu companheiro até o final da vida e garantiu a preservação do acervo da compositora.

 

Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro.

 

História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira

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