OS PRIMEIROS CINEGRAFISTAS

paschoal-segretoOs cinemas que mais chamavam a atenção eram O Grande Cinematógrafo Rio Branco, o Cinematógrafo Pathé e o Cinema Palace. Dedicaram-se às filmagens: Cristóvão Guilherme Auler, dono do Rio Branco e o fotógrafo Julio Ferrez, que cinegrafava para o Pathé, que era de propriedade de seu pai Marc Ferrez e de Arnaldo Gomes de Souza. Os donos do Palace eram José Labanca, com o fotógrafo da revista O Malho, Antonio Leal. Havia ainda os irmãos Botelho, que filmavam no Rio de Janeiro e São Paulo. Com tantos cinegrafistas, Pascoal, o primeiro de todos, quase desapareceu. Mudou o nome do Paris para Pavilhão Internacional e passou a exibir somente fitas “alegres”. Gilberto Amado, em suas memórias, relatou que na sala em frente à Galeria Cruzeiro eram realizadas “exibições de filmes obscenos, iguais aos que se mostravam em certos bordéis de Paris, de um realismo torpe. A sala enchia-se de deputados, senadores, comerciantes, dos homens mais sérios e de mulheres da vida”. O gênero foi bem aceito e Pascoal passou a exibi-lo em suas outras casas. Uma delas chegou até a receber a visita do escritor francês France quando ele esteve no Brasil, no início do século XX.

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