OS AUSENTES

 

Além de Paulo César Saraceni e Ana Carolina, o megaprodutor Luiz Carlos Barreto, o Barretão, um dos mais ativos do cinema nacional, foi um dos que não conseguiram ser contemplados pelo edital. Mesmo assim, Barreto, que tinha três projetos inscritos, afirmou aprovar a seleção deste ano. “A atual lista é infinitamente superior à do ano passado. Está muito bem balanceada. Há nomes consagrados e jovens talentos”, declarou ao Estado.

Barreto, assim como o diretor André Sturm, havia incendiado os dias que antecederam a divulgação da lista com declarações publicadas pelo Estado e pelo jornal O Globo. Segundo ele, “em algumas estatais, são constituídas comissões externas de seleção, formadas em geral por críticos, cineclubistas e pesquisadores de cinema. São pessoas sem nenhum compromisso com a política comercial, que estão estrangulando o lado industrial do cinema.” Para eles, investir em filmes que não teriam grande perspectiva de bilheteria equivaleria a “pulverizar os recursos”.

 

Diante dos atuais selecionados , declarou: “Desta vez, há projetos que apontam grande possibilidade de mercado e outros que vão pelo o viés da descoberta de linguagem. Há um acerto muito grande” E finalizou: “Minha opinião não muda porque meus projetos não foram escolhidos. Não devo ter cadeira cativa em nenhuma lista de inclusão nem de exclusão. Há outros bons profissionais que ficaram de fora. Não é missão da Petrobras financiar todo o cinema brasileiro.”

 

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