Ombudsman prega fim de jornal na Cultura

 

 

Em artigo publicado no site da TV Cultura, o ombudsman Osvaldo Martins defende a extinção dos telejornais da emissora, que consomem anualmente quase R$ 100 milhões de recursos públicos.

Dirigentes e conselheiros da Cultura, diz Martins, “deveriam discutir seriamente a necessidade, ou a conveniência, de manter ou extinguir o jornalismo”. Ombudsman da Cultura desde 2004, Martins é um ferrenho crítico do jornalismo da emissora, que, para ele, está no “fundo do poço”.

“A Cultura poderia ser uma boa TV pública, melhor que a atual, sem jornalismo. Refiro-me ao jornalismo do dia-a-dia, dos telejornais”, defende. “A Cultura poderia destinar todo o orçamento dos telejornais à produção de documentários e programas de conteúdo jornalístico, sem a obrigação de correr atrás da notícia do dia.” E sentencia: “Do jeito que está, o que se vê é um gigantesco desperdício de dinheiro. Com o agravante de se tratar, em boa medida, de dinheiro público”.

Martins considera também a “hipótese” de manter os telejornais. “Nesse caso, tem que mudar quase tudo. Jornalismo não combina com marasmo, acomodação e preguiça”, diagnostica.

O texto (em www.tvcultura.com.br/ombudsman) surtiu efeito. Na última sexta, Pola Galé, diretor de jornalismo da emissora, colocou o cargo à disposição. Será substituído, no próximo dia 10, por Albino Castro (ex-SBT).

 

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