O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos pediu para deixar o cargo de presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, quase dois anos após ser nomeado pela então ministra da Cultura, Ana de Hollanda (2011-12).
A exoneração foi publicada no “Diário Oficial da União” hoje. O atual diretor-executivo da fundação, Hélio Oliveira Portocarrero de Castro, assumirá interinamente o cargo de presidente da fundação.
Wanderley Guilherme chegou à instituição depois que o sociólogo Emir Sader, primeira opção
para o cargo, teve a nomeação cancelada após chamar Ana de Hollanda de “meio autista” –a declaração foi feita em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2011.
“Ele era idenficado com a Ana de Hollanda. Surpreendentemente, saiu a defender a Ana, que era indefensável”, afirmou Sader, que frisou não ter acompanhado a gestão do cientista político à frente da instituição.
Wanderley Guilherme disse que a decisão de deixar o cargo não tem razões políticas, mas sim acadêmicas –ele quer retomar sua pesquisa sobre oligarquias no Brasil.
“Não gosto e não tenho talento para administrar. Queria sair desde junho de 2012, mas fiquei a pedido da Ana, e de depois da Marta (Suplicy, atual ministra da Cultura), até que coisas como licitações e um concurso para servidores estivessem encaminhados”, disse.
Segundo o cientista político, tanto Ana de Hollanda como Marta Suplicy foram atenciosas com as demandas da Fundação Casa de Rui Barbosa, autarquia voltada para a pesquisa e a
conservação de acervos de intelectuais brasileiros.
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