Narrativas sobre modos de vida contadas pela Azulejaria

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Ao contemplar a beleza da capital paraense é possível deslumbrar-se com a variedade de cores, desenhos, texturas e tamanhos dos seculares azulejos que constroem a narrativa histórica e cultural da cidade. Destacando a riqueza e a diversidade dessas peças que decoram as fachadas das edificações de Belém, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lança o livro Azulejaria em Belém do Pará – Inventário – Arquitetura civil e religiosa – Século XVII ao XX. O pré-lançamento ocorrerá nesta quarta (6), durante o Seminário Belém 400, na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro (RJ).

 

Inspirado no inventário da Azulejaria de Belém do Pará, o livro é resultado de banco de dados levantado por três gerações de servidores e profissionais do patrimônio cultural, sob a influência e orientação dos seus idealizadores e pioneiros, os arquitetos Pedro e Dora Alcântara – que assina a obra ao lado de Stella Regina Soares de Brito e Thaís Alessandra Bastos Caminha Sanjad. A publicação comemora os 400 anos da fundação de Belém (PA), completados em janeiro deste ano.

 

Segundo Dora Alcântara, a obra permite uma visão de conjunto sobre a evolução da azulejaria em Belém e fortalece “a convicção de que o azulejo, uma das heranças dos colonizadores portugueses, marca as etapas da história do Brasil em diferentes pontos de seu extenso território. E que com sua linguagem colorida, feito de barro esmaltado, tornou-se um documento digno do nosso apreço”.

 

Elaborado a partir da identificação de técnica de decoração dos azulejos, o livro também traz planilhas com tipologias dos padrões e guarnições, revelando a diversidade e padrões da azulejaria da cidade.

 

O patrimônio de azulejos em Belém conta com peças dos séculos XVIII, XIX e XX que passam pelos períodos Barroco, Neoclássico, Art nouveau, Art déco e Modernismo, dispostos em igrejas, palácios e residências. Por meio deste acervo, é possível contar a história da cidade, já que os azulejos são documentos importantes que possibilitam narrativas sobre os modos de vida de cada época.

Aplicativo Azulejar 

 

Grupo de pesquisadores do núcleo de pós-graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolveu o software “Azulejar”, que mapeou 20 pontos da cidade e apresenta dados sobre história, fabricante e origem dos azulejos, entre outros.

 

O objetivo é divulgar o Patrimônio de Belém por meio de uma narrativa que desperte no público o sentimento de apropriação deste importante acervo, visando a preservação deste patrimônio cultural. Os textos foram elaborados pela professora Mariana Batista Sampaio, que contou com a ajuda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (Iphan-PA) na pesquisa.

 

O aplicativo auxiliará o público de duas formas principais: primeiramente, como guia em um circuito virtual na cidade de Belém do Pará, utilizando tecnologia de geo-referenciamento, como GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global) dos dispositivos móveis, apontando aonde as obras de interesse estão e auxiliando o usuário a encontrar o local indicado. Uma vez localizada a obra de interesse, serão utilizadas técnicas de reconhecimento de imagem para obter informações em tempo real da obra visualizada através da câmera do dispositivo móvel. O programa é gratuito e ainda está em fase de teste – por enquanto, pode ser conferido em smartfones com o sistema Android e no Google Play.

 

 

Assessoria de Imprensa

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Ministério da Cultura

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