Nada de comemoração! No Dia do Índio, comunidades indígenas querem ser ouvidas

Neste Dia do Índio, 19 de abril, as comunidades indígenas gostariam de comemorar suas conquistas, mas aproveitaram a data para reivindicar seus direitos. Representantes de povos indígenas de todo o País entregaram, nesta terça-feira, uma carta om reivindicações e críticas à política do governo federal ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e ao presidente do Senado, José Sarney. O documento, que também deve ser entregue à presidente Dilma Roussef, tem como principais críticas a falta de voz dos índios em assuntos que os afetam – inclusive na construção das hidrelétricas Belo Monte e Jirau.

Na carta, as comunidades indígenas também criticam as políticas do governo Lula, mantidas pelo atual governo. “O Estado brasileiro, durante o mandato do governo Lula, não atendeu a contento as demandas e perspectivas do movimento indígena. Permitiu que as políticas voltadas aos nossos povos continuem precárias ou nulas, ameaçando a nossa continuidade física e cultural”, diz trecho da carta.

O ex-governador do Piauí e descendente de índios Wellington Dias concorda com o manifesto e defende que os índios são capazes de decidir seus caminhos. A Fundação Nacional do Índio (Funai) rebate, dizendo que está buscando diálogo com os povos indígenas, mas reconhece que há problemas estruturais na instituição.

 

Desafios indígenas

Os antropólogos afirmam que, no mundo globalizado, não há mais como manter os índios isolados. O que eles precisam é o direito à cidadania e educação para que possam seguir suas próprias vida e decidir o que é melhor para eles.

Em alguns casos, a tecnologia pode reforçar a manutenção de tradições, como no caso de comunidades que realizam vídeos para documentar suas tradições. Já existem festivais para premiar esses trabalhos, como o projeto ‘Vídeo Índio Brasil’, que tem uma programação composta por filmes produzidos por índios e não índios com temáticas indígenas. Além disso, o projeto prevê realização de oficinas de audiovisual com os índios, exposições e debates.

Não são apenas os problemas políticos que tiram a paz dos índios. Outro desafio é a questão social. Como conciliar as tradições seculares com um ambiente cada vez mais moderno? De acordo com pesquisadores, é um grande erro acreditar que um índio perde sua identidade por entrar em contato com a tecnologia. Segundo o antropólogo Luís Grupioni, do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé), em entrevista ao portal G1, um índio que usa relógio não deixa de ser índio, assim como um não índio que usa um cocar não se torna indígena por isso. 

Neste Dia do Índio, 19 de abril, as comunidades indígenas gostariam de comemorar suas conquistas, mas aproveitaram a data para reivindicar seus direitos. Representantes de povos indígenas de todo o País entregaram, nesta terça-feira, uma carta om reivindicações e críticas à política do governo federal ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e ao presidente do Senado, José Sarney. O documento, que também deve ser entregue à presidente Dilma Roussef, tem como principais críticas a falta de voz dos índios em assuntos que os afetam – inclusive na construção das hidrelétricas Belo Monte e Jirau.

Na carta, as comunidades indígenas também criticam as políticas do governo Lula, mantidas pelo atual governo. “O Estado brasileiro, durante o mandato do governo Lula, não atendeu a contento as demandas e perspectivas do movimento indígena. Permitiu que as políticas voltadas aos nossos povos continuem precárias ou nulas, ameaçando a nossa continuidade física e cultural”, diz trecho da carta.

O ex-governador do Piauí e descendente de índios Wellington Dias concorda com o manifesto e defende que os índios são capazes de decidir seus caminhos. A Fundação Nacional do Índio (Funai) rebate, dizendo que está buscando diálogo com os povos indígenas, mas reconhece que há problemas estruturais na instituição.

 

Desafios indígenas

Não são apenas os problemas políticos que tiram a paz dos índios. Outro desafio é a questão social. Como conciliar as tradições seculares com um ambiente cada vez mais moderno? De acordo com pesquisadores, é um grande erro acreditar que um índio perde sua identidade por entrar em contato com a tecnologia. Segundo o antropólogo Luís Grupioni, do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé), em entrevista ao portal G1, um índio que usa relógio não deixa de ser índio, assim como um não índio que usa um cocar não se torna indígena por isso.

Os antropólogos afirmam que, no mundo globalizado, não há mais como manter os índios isolados. O que eles precisam é o direito à cidadania e educação para que possam seguir suas próprias vida e decidir o que é melhor para eles.

Em alguns casos, a tecnologia pode reforçar a manutenção de tradições, como no caso de comunidades que realizam vídeos para documentar suas tradições. Já existem festivais para premiar esses trabalhos, como o projeto ‘Vídeo Índio Brasil’, que tem uma programação composta por filmes produzidos por índios e não índios com temáticas indígenas. Além disso, o projeto prevê realização de oficinas de audiovisual com os índios, exposições e debates.

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