Mutações, novas configurações do mundo

 


 

Mais uma semana de debates do Ciclo de Conferências Mutações, novas configurações do mundo, da Trilogia “Cultura e Pensamento em Tempos de Incerteza” começa na próxima segunda-feira (dia 24 de setembro), na Maison de France, no Rio de Janeiro.

Abrindo a série, o professor de Filosofia da Universidade de Paris XII, Frédéric Gros, fará a primeira conferência: Fim da guerra clássica – novos estados de violência.

* “A violência hoje mudou de cara. São atentados terroristas que atingem o coração das grandes cidades do mundo ocidental, “intervenções” militares de altíssima tecnologia, decididas e coordenadas por grandes potências em lugares longínquos. Refletir esta mutação em toda a sua amplitude, é necessário retornar, num primeiro momento, ao que a cultura ocidental construiu sob o nome de “guerra”, como forma ética, política e jurídica da violência, como invenção cultural.”

Na terça-feira (dia 25), o professor Renato Lessa falará sobre O que mantém um homem vivo: devaneios sobre alguma transfigurações do humano. Ele é professor de Teoria Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e da Universidade Federal Fluminense (FF), e preside o Instituto Ciência Hoje.

* “A pergunta “O que mantém um homem vivo?” é a mãe de todas as perguntas. Johannes Althusius disse, certa feita, que os seres humanos nascem como náufragos que atendem às ilhas nus, sem qualquer proteção ou inscrição prévia no mundo. Há, decerto, um forte eco aristotélico na imagem: Althusius fala de seres cuja viabilidade existencial decorre do natural ímpeto à sociabilidade. O animal que fala é um ser cuja identidade é dada pelos seus nexos, pelo que retira e acrescenta ao mundo. O laço social é o antídoto dos naufrágios.”

No dia 26, quarta-feira, encerrando mais uma semana do ciclo Mutações, João Camillo Penna, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará a palestra Máquinas utópicas e dispóticas.

* “Pensar a mutação é pensar a imponderabilidade do futuro. Embora seja impossível determinar precisamente o futuro, não deixamos de estabelecer prognósticos, sempre destituídos, no entanto, do caráter assertivo da evidência. Razão do descrédito em que caiu essa fábrica do otimismo conservador dos anos 60 que foi a futurologia (lembremo-nos de Herman Kahn, fonte do personagem do filme de Stanley Kubrick, Dr. Fantástico [Dr. Strangelove, 1964]). Estes prognósticos constituem modelos de coisas não-existentes, que transcendem o mundo conhecido, e têm como horizonte a possibilidade virtual, por mais remota que seja, de sua realização. O prognóstico é sempre um mundo possível.”

Todas as palestras começam às 18h30. Realização do Ministério da Cultura e do Artepensamento, o Ciclo de Conferências tem curadoria de Adauto Novaes, patrocínio da Petrobras e apoio, entre outros, da Embaixada da França.

Saiba mais: Mutações, novas configurações do mundo.

Cultura e Pensamento – O objetivo do programa é fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas relevantes da agenda contemporânea. O intuito é aproximar intelectuais, artistas e pensadores, contribuindo para a circulação de idéias e criação de alternativas para o desenvolvimento cultural do país.

Informações: (21) 3852-8784.

21/09/07

Mutações, novas configurações do mundo
Mais uma semana de debates do Ciclo de Conferências Mutações, novas configurações do mundo, da Trilogia “Cultura e Pensamento em Tempos de Incerteza” começa na próxima segunda-feira (dia 24 de setembro). Leia mais aqui…

Mais uma semana de debates do Ciclo de Conferências Mutações, novas configurações do mundo, da Trilogia “Cultura e Pensamento em Tempos de Incerteza” começa na próxima segunda-feira (dia 24 de setembro), na Maison de France, no Rio de Janeiro.

Abrindo a série, o professor de Filosofia da Universidade de Paris XII, Frédéric Gros, fará a primeira conferência: Fim da guerra clássica – novos estados de violência.

* “A violência hoje mudou de cara. São atentados terroristas que atingem o coração das grandes cidades do mundo ocidental, “intervenções” militares de altíssima tecnologia, decididas e coordenadas por grandes potências em lugares longínquos. Refletir esta mutação em toda a sua amplitude, é necessário retornar, num primeiro momento, ao que a cultura ocidental construiu sob o nome de “guerra”, como forma ética, política e jurídica da violência, como invenção cultural.”

Na terça-feira (dia 25), o professor Renato Lessa falará sobre O que mantém um homem vivo: devaneios sobre alguma transfigurações do humano. Ele é professor de Teoria Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e da Universidade Federal Fluminense (FF), e preside o Instituto Ciência Hoje.

* “A pergunta “O que mantém um homem vivo?” é a mãe de todas as perguntas. Johannes Althusius disse, certa feita, que os seres humanos nascem como náufragos que atendem às ilhas nus, sem qualquer proteção ou inscrição prévia no mundo. Há, decerto, um forte eco aristotélico na imagem: Althusius fala de seres cuja viabilidade existencial decorre do natural ímpeto à sociabilidade. O animal que fala é um ser cuja identidade é dada pelos seus nexos, pelo que retira e acrescenta ao mundo. O laço social é o antídoto dos naufrágios.”

No dia 26, quarta-feira, encerrando mais uma semana do ciclo Mutações, João Camillo Penna, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará a palestra Máquinas utópicas e dispóticas.

* “Pensar a mutação é pensar a imponderabilidade do futuro. Embora seja impossível determinar precisamente o futuro, não deixamos de estabelecer prognósticos, sempre destituídos, no entanto, do caráter assertivo da evidência. Razão do descrédito em que caiu essa fábrica do otimismo conservador dos anos 60 que foi a futurologia (lembremo-nos de Herman Kahn, fonte do personagem do filme de Stanley Kubrick, Dr. Fantástico [Dr. Strangelove, 1964]). Estes prognósticos constituem modelos de coisas não-existentes, que transcendem o mundo conhecido, e têm como horizonte a possibilidade virtual, por mais remota que seja, de sua realização. O prognóstico é sempre um mundo possível.”

Todas as palestras começam às 18h30. Realização do Ministério da Cultura e do Artepensamento, o Ciclo de Conferências tem curadoria de Adauto Novaes, patrocínio da Petrobras e apoio, entre outros, da Embaixada da França.

Saiba mais: Mutações, novas configurações do mundo.

Cultura e Pensamento – O objetivo do programa é fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas relevantes da agenda contemporânea. O intuito é aproximar intelectuais, artistas e pensadores, contribuindo para a circulação de idéias e criação de alternativas para o desenvolvimento cultural do país.

Informações: (21) 3852-8784.

21/09/07

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