Medida para preservação audiovisual no País

O Grupo de Trabalho (GT) sobre Preservação, Digitalização e Difusão de Conteúdo Audiovisual, coordenado pelo Ministério da Cultura (MinC), avaliou, em reunião nesta quarta (26), a situação da preservação audiovisual no País e o projeto de digitalização dos acervos audiovisuais das TV públicas brasileiras. O objetivo é produzir uma política pública de preservação para esse tipo de conteúdo, além de conciliar ações de formação profissional e difusão no setor.

 

A partir de um diagnóstico do setor, de acervos públicos e privados dispersos pelo país, o GT estabelecerá as ações de médio, curto e longo prazo em uma perspectiva de trabalho para os próximos dez anos. Também definirá quais acervos serão atendidos primeiro, de acordo com o grau de risco e importância histórica dos produtos, além do levantamento de provedores dos recursos financeiros, sejam eles públicos ou privados, vinculados às propostas de ação definidas.

 

A terceira reunião do GT contou com a presença de três convidados: o coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA-UFF), Rafael de Luna; o gerente do Centro de Documentação da Fundação Padre Anchieta – TV Cultura, José Maria Lopes; e a representante do Conselho Executivo da Federação Internacional dos Arquivos de Televisão (FIAT/IFTA), Rita Marques.

 

“Nós temos uma expertise em fazer esse grande trabalho de restauração e preservação não só de conteúdos de televisão, mas também de cinema. É uma prioridade nossa, junto com a Ancine e o Fundo Setorial do Audiovisual, dar andamento nos trabalhos para que a gente possa salvar essa memória que está se perdendo no país inteiro”, pontuou Lopes.

 

Para Rafael de Luna, existe uma grande demanda na preservação deste tipo de acervo. “Nós temos um passivo analógico, dos filmes feitos em película e de vídeos analógicos que não foram devidamente preservados ou estão inacessíveis. E nós ainda temos um volume cada vez de uma produção digital recente que precisa ser preservado efetivamente e não está sendo. Isso demanda estratégias de preservação específicas, além de recursos e investimentos contínuos”, avaliou.

 

O Secretário do Audiovisual, Frederico Mascarenhas, acredita que a contribuição de especialistas do setor é importante para direcionar as ações do GT. “A ideia é já ter, na próxima reunião, a partir da consolidação das informações e contribuições dos convidados e dos membros do Grupo de Trabalho dessas três reuniões, uma proposta de documento”, analisou Mascarenhas.

 

O Grupo de Trabalho, instituído por resolução do Conselho Superior do Cinema, é formado por representantes dos ministérios da Cultura, da Justiça e da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Também integram o grupo três representantes da sociedade civil e três especialistas da área que são definidos a cada reunião. A expectativa é que o plano seja entregue ao CSC em dezembro deste ano.

 

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