Malandragem dá um tempo: Morre Bezerra da Silva. 2

 Bezerra da Silva

Morreu na manhã desta segunda-feira, dia 17 de janeiro, o sambista Bezerra da Silva. O compositor de 77 anos sofria de enfisema e teve uma parada cardíaca. Ele estava internado no Hospital dos Servidores do Estado, no Centro do Rio de Janeiro, desde 28 de outubro.

 

Bezerra foi hospitalizado no dia 1º de setembro, no Hospital São Lucas, em Copacabana, reclamando de dificuldades para respirar. Lá foi sedado e transferido para o Hospital Pinheiro Machado, no mesmo dia, já em coma. Na ocasião, a mulher do sambista, Regina, disse que ele sofria com bronquite e parou de fumar há 11 anos.

Uma semana depois, Bezerra saiu do coma e foi transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, zona sul do Rio, onde foi internado há oito dias. Ele melhora gradualmente de uma combinação quase fatal de enfisema pulmonar e forte pneumonia.

Bezerrada Silva nasceu em Recife, em 23 de fevereiro de 1927 e foi para o Rio aos 15 anos, onde trabalhou como pintor de paredes. Enveredou pela vida artística “por medo de passar fome”, como ele mesmo dizia.

Gravou seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro disco em 1975. Seus maiores sucessos são “Malandragem dá um tempo” (regravada pelo Barão Vermelho), “Candidato caô caô” (regravada pelo O Rappa), “Seqüestraram minha sogra”, “Overdose de cocada”, “Malandro não vacila”, “Meu pirão primeiro” e “Pai véio 171”.

Ao todo, Bezerra gravou 28 discos. O sambista ganhou 11 discos de ouro, três de platina e um de platina duplo.

 

 

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