Lenin – O revolucionário discreto.

 

            O revolucionário discreto.

 

            Intelectual por excelência, o líder da Revolução Russa mudou o curso do mundo no século XX. Era avesso a qualquer ostentação: quando passou a morar no Kremlin escolheu um modesto aposento.

                        Por Arthur Conte Tradução de Mônica Cristina Corrêa

Lenin, durante uma entrevista em Moscou pouco antes de sua morte, ocorrida em 1924,       

 

 

 

 

 

 

 

“SÓCRATES PROCLAMADO REI.” Assim é possível resumir , com uma metáfora, a longa e taciturna vida, apenas no final marcada por alguns anos cintilantes de Vladimir Ilitch Ulianov, que marcou seu nome na ´história com Lenin, filósofo, polemista e revolucionário de gabinete, um dia consagrado Czar. Durante 40 anos – de aproximadamente 1877, quando tinha 17 anos e tomou partido do marxismo contra os antigos regimes até 1917, quando foi chamado para dar ” o último golpe” contra a dinastia dos Romanov -, sua existência se resume a uma única imagem: o homem que permanece sentado rascunhando enquanto sua companheira, Nadjeda Krupskaia, organiza fichas.

 

Aos 20 anos, Lenin já era o que seria 40 anos mais tarde: a aparência envelhecida, a silhueta magra e pequena, o paletó lustroso nos cotovelos, as botinas gastas, a cabeça grande demais para ombros tão estreitos, a fronte ossuda e os olhos mongólicos. Ele tinha crises de riso nervoso e uma voz rouca, cortando as sílabas e cindindo as frases. Sofria de uma timidez prodigiosa, que só superava por uma energia prodigiosa. E, para completar, Lenin, no início de sua carreira política, ainda era ofuscado por um combatente brilhante. Fazia-lhe sombra seu irmão Alexandre, “Sacha”, quatro anos mais velho, um personagem surpreendente, que organizou um atentado contra o czar, mas foi preso antes de realizar seu intento. Julgado, foi condenado à morte e enforcado aos 23 anos de idade.

 

Lenin – que nasceu em 22 de abril de 1870, o quarto filho entre os seis do casal llia Ulianov e Maria Alexandrovna Blank – era taciturno perto de Georgi Valentinovitch Plekhanov, intérprete inconteste do marxismo durante longas estações e papa respeitado do socialismo russo. Da mesma forma parecia, perto do jovem Lev Davidovitch Bronstein, a quem chamavam Leon Trotski, e que, com um gênio excepcional e um talento para a história, organizou o supremo combate contra os palácios imperiais, depois forjou o Exército Vermelho. Sua companheira, Krupskaia, também era taciturna. À época do casamento, durante o exílio a que ele foi forçado na Sibéria, ela completara os 27 anos de idade – um a mais que o marido. Filha da pequena nobreza arruinada, ela e a mãe precisaram alugar quartos para sobreviver. Krupskaia foi apresentada a Lenin em 1893, em Okhta, em meio a uma festa, numa noite de carnaval. Foi tomada de admiração por aquele “revolucionário muito culto”, autor de uma notável Discussão entre um social-democrata e um populista, inimigo dos hipócritas gentis e irmão de Alexandre Ulianov, que fora enforcado.

 

Lenin, que resistia a outro envolvimento amoroso porque não queria que nada o distraísse da revolução, sentiu-se à vontade diante dessa intelectual enérgica, professora na escola do bairro Smolensk, em Petrogrado e dirigente de círculos operários na periferia da porta Nevski. Seguro de sua dedicação à causa popular e de seu incontestável talento para reunir artigos e fichários, ele a contratou como sua secretária particular. Ela era taciturna, robusta, com gestos lentos e o rosto redondo e plácido, segura de si, os lábios grossos que mal sorriam.

 

Krupskaia foi sempre, mais do que esposa, mãe e irmã para Lenin. Eles se irmanavam no culto revolucionário, no ódio ao czarismo, na guerra contra a injustiça, na certeza de que “o primeiro inimigo é a burguesia”. Ficava maravilhada ao observar o interesse dele pelo menor detalhe que fosse da vida operária, no afã de reunir tudo o que lhe rendesse uma visão do conjunto do cotidiano proletário, de maneira a descobrir “o melhor ponto pelo qual a propaganda revolucionária podia penetrar”.

 

Lenin, por sua vez, ficou satisfeito ao encontrar alguém que cuidasse dele. Quando criança e jovem, foi sempre coberto de pequenos cuidados pela mãe, Kaia, e os mimos adoráveis continuavam. Além disso, sendo Krupskaia a melhor secretária do mundo, tornou-se para ele indispensável. Sempre esteve ao lado dele, até a morte.

 

Uma única pessoa esteve perto de abalar essa tranqüila relação: a ardente Inês Armand, de rosto lindo e luminoso, durante seu exílio em Paris, principalmente nos anos 1909 e 1910. Ela era filha de uma atriz com um cantor de ópera. Criada por uma tia em Moscou, Inês Armand falava francês, inglês, russo e alemão. Ao piano, ela interpretava, diziam alguns, Chopin, Bach, Mozart. Chegou à revolução movida por uma extrema piedade pela condição operária, apesar de ser casada com um homem da alta burguesia. Tornou-se bolchevique lendo a obra de Lenin.

Nenhuma grande provação

Lenin passou a apreciar de forma mais do que racional aquele ser excepcional, que sabia aliar beleza e inteligência, energia e charme, sentido estético e dialética revolucionária. Krupskaia teve de lançar mão de toda sua paciência para contornar o problema. Passada a crise, a união do casal retomou toda a força. “Nosso casamento é um verdadeiro casamento pequeno-burguês”, admitiu Lenin. O que importava mesmo era dedicar-se ao trabalho, à revolução. O único descanso autorizado pela dialética foi, em Paris, pedalar aos domingos nos campos da Île-de-France, ou, na Suíça, sair alguns dias, com uma mochila, pelas montanhas. Lenin parece velho tão precocemente que, aos 24 anos, os revolucionários do exílio o apelidaram de Stark, o Antigo. Foi, talvez, essa velhice que o preservou das tempestades vãs.

 

Além de não fazer questão de ser um herói, Lenin desprezava tudo o que pudesse levar a crer que o fosse. Ele nunca passou nenhuma provação terrível, coisa que, aliás, enfatizou cruamente. Preso em dezembro de 1895 por ter publicado um jornal subversivo, A causa dos trabalhadores, depois de passar um ano numa prisão de Petrogrado, escreveu francamente à irmã: “Pena já nos relaxarem, gostaria de terminar meus trabalhos”. Repetiu essa mesma expressão muitas vezes. As prisões czaristas estavam, pois, longe de prefigurar um inferno. Os detentos políticos podiam ler à vontade, escrever o que queriam e até se dedicar a pesquisas eruditas. O jovem Ulianov não se privou de nada disso. Jamais se queixou das condições em que permaneceu encarcerado. Ao contrário, dizia à mãe: “Tenho tudo de que preciso e até mais”. Naquele período, ele pôde dividir bem seu tempo entre os cuidados com o físico, o estudo de línguas e o trabalho; recebia tantas guloseimas e presentes que podia sonhar em “desbancar a cantina oficial”.

 

Os três anos de exílio na Sibéria não foram mais severos: tendo chegado em maio de 1897 à sua residência forçada, em Chuchenskoie, Lenin escreveu que em casa sempre dormia “esplendidamente todas as noites”. Descrevia a região como salubre e agradável; “o ar é bom, fácil de respirar”, eis por que o lugar era chamado de “Itália siberiana”. Ele dispunha de um quarto confortável numa casa campestre limpa. Os camponeses que o alojavam tinham todo o cuidado ao preparar suas refeições, lavar e arrumar suas roupas.

 

Abastecido de livros e documentos por Krupskaia, podia tranqüilamente continuar redigindo “tratados, artigos, obras”. Traduziu em ritmo lento A teoria e a prática dos sindicatos ingleses, de Sydney e Beatriz Webb; recebia uma mensalidade do Estado para suas despesas pessoais; podia caçar em qualquer recanto da província, livremente. Comemorava Natal e Páscoa em companhia de outros exilados, fazia longos passeios aos arredores com seus novos amigos, entre os quais se incluía um operário finlandês.

 

Quando também Krupskaia foi presa, Lenin conseguiu sem dificuldades que, em vez ser exilada no norte da Rússia, como previsto pelas autoridades imperiais, ela fosse enviada a Chuchenskoie, para “encontrar seu noivo”. Ao juntar-se a ele, veio acompanhada da mãe, Elisabeth Vassilievna, que permaneceu junto do casal por longos anos, encarregando-se de cozinhar. Krupskaia trouxe uma coleção inacreditável de livros, jornais, dicionários e gramáticas, mas também não esquecera de incluir na bagagem o chapéu de palha de Vladimir, um jogo de xadrez e um paletó de couro para a caça. Ao vê-lo, a futura sogra comentou, surpresa: “Meu Deus, como você engordou”.

 

O casamento, muito burguês e ritual, foi celebrado em julho, e eles já começaram a trabalhar juntos, em especial na polêmica contra Edouard Bernstein (executor testamenteiro de Friedrich Engels, morto em 1895, que pretendeu “revisar”, “modernizar” o marxismo), e a preparar a edição de um poderoso jornal socialista em toda a Rússia. Enfim, as cenas desse período são opostas às de uma prisão. Quando Lenin deixou Chuchenskoie, saiu vestido com um belo casaco de pele e equipado com uma valise suntuosa.

A persistente propaganda

Como Lenin não gostava do confronto direto e físico, evitava militar no território da Rússia, como fez, na mesma época, um terrorista da Geórgia, nove anos mais novo do que ele. Tratava-se de Iossif  Vissarionovitch Djougatchvili, que preferia ser chamado de Koba – alguém que a história registraria como Stalin.  Aos riscos da vida clandestina, Lenin preferiu a tranqüilidade do exílio: Paris ou Londres, Munique ou Lausanne. Ele se petrificara sob a segurança e a silhueta de um simples funcionário que ninguém notava; de terno sempre escuro; bem barbeado, de bigodes caídos e olhos semicerrados. Funcionário do Marxismo e Cia. Taciturno, sempre taciturno. Fiel a esse estilo, preparou a revolução considerada como a mais espetacular de todos os tempos, com atividades de gabinete: escrevia, rascunhava, rasurava. Nada de heroísmo nem de equipe, em momento algum.

 

Ora lembra o rato de biblioteca, gordo e de dentes afiados, que rói pacientemente a casa, ora a aranha tecendo a teia. Muito cedo, unidades do jornal socialista Iskra, que ele dirigia, foram criadas na Europa e em toda a Rússia; imprensas socialistas de inspiração leninista surgiram em Petrogrado, Bakou, Novgorod. Redes clandestinas eram pacientemente organizadas para encaminhar o correio entre o exílio e a clandestinidade: Toulon-Alexandria-Odessa ou Anvers-Estocolmo-Vilna; refúgios para os siberianos foragidos foram instalados nas principais capitais européias.

 

Grandes chefes socialistas, como Axelrode Pavel e Yuli Osipovich Martov, tinham de passar por seu intermédio para se corresponder com as células do Cáucaso, da Sibéria e da Rússia Branca. Ele pusera em funcionamento um vasto e eficaz aparelho que seria fundamental nos momentos históricos. Enquanto aguardava o tempo certo para a ação, contribuía poderosamente para expandir, com palavras de ordem, sua lenda de pai da revolução. 

 

Há momentos em que lembra a formiga. Como no texto: “Eu afirmo: que nenhum movimento pode ser duradouro sem uma organização estável de chefes para manter-lhe a continuidade; que quanto mais as massas estiverem integradas na luta para constituir a base do movimento, mais é necessário ter tal organização e esta deve ser estável; que a organização deve ser composta essencialmente de pessoas que fazem da revolução um trabalho; que, num país de governo despótico, quanto mais limitarmos os membros dessa organização àqueles que fazem da revolução um trabalho… mais difícil será descobrir essa organização e maior será o círculo de homens e de mulheres pertencentes à classe operária ou às outras classes da sociedade em condições de ligar o movimento e de executar um trabalho ativo”.

Uma formiga não esquece, principalmente, de acumular provisões. Lenin monopolizava todas as cotizações. Enquanto, para sobreviver, Georgi Valentinovitch Plekhanov precisava copiar endereços, Axelrode Pavel vender iogurtes, Leon Trotski fazer trabalhos artesanais, ele só podia se apoiar no movimento, portanto no sucesso da revolução. O segredo era a repetição, marcada pelo apelido magnético, descoberto em Londres no final de 1901, e formado, por contração, a partir de um primeiro apelido. Iliine, por sua vez resultante da junção de Ilitch e Ulian, derivado de Ulianov. A consolidação desse nome aconteceu de uma forma rígida, insistente, monótona, como uma ladainha. Por trás dos golpes mil vezes desferidos pelas mesmas palavras, um estilo, portanto, encontra-se sempre a mesma mão, o mesmo cérebro, o mesmo sistema e a mesma irresistível atração.

 

A revolução bolchevista, sob a luz dos ideais marxistas, foi a grande vitória desse rato, dessa aranha e dessa formiga. Ele mesmo, petrificado pela Medusa de seu sucesso, no dia em que a vitória foi consagrada, em Petrogrado, murmurou a Trotski: “Estou com a cabeça girando!” É possível, afinal ele tinha diante dos olhos o inacreditável. Da mesma forma, parecia sobretudo incrível que chegasse ao poder, antes trono, de uma das mais potentes autocracias de todos os tempos aquele homem de aparência modesta, a boca amarga, sacudido cada vez mais por um riso nervoso sempre mais difícil de reprimir, ainda que tivesse mostrado uma inigualável perseverança e uma incomparável paciência.

 

Aliás, no palácio, Sócrates continua sendo Sócrates. Taciturno. Poderoso sem ostentação. Lenin transferiu a capital de Petrogrado para Moscou e viveu no Kremlin. Escolheu um aposento antes ocupado por um serviçal. Tinha uma empregada, Olympiada Jouraslova, ex-operária de fundição, sob a justificativa de que era dotada de um “poderoso instinto proletário”. Ele se instalara num escritório estritamente funcional, sem cortinas, desprovido do luxo característico dos que os capitalistas ocupavam. Trabalhava diante de um móvel rústico, lotado de documentos e dossiês, muitas vezes também empilhados numa simples poltrona de junco. A rudimentar decoração se completava com um singelo aquecedor a carvão, um pequeno cartão dos confins russo-turcos e, numa parede, o retrato de Marx. Ele proibiu que expusessem sua foto pelo Kremlin. Quando ia ao barbeiro para cortar os cabelos, jamais passava na frente de ninguém. Fazia questão de esperar sua vez. Durante o inverno rigoroso de 1917-1918, ficou sem aquecimento, como todos os moscovitas: “Não tem mais madeira; eu também preciso fazer economia”.

 

Ele sentia frio nos pés, mas não queria pele de urso – um simples feltro lhe bastava. Usava cotidianamente um de seus casacos mais velhos de emigrado. A mente pura, a razão pura deveriam permanecer despojadas. Assim foram Oliver Cromwell e Maximilien Robespierre. Lenin, o dialético, era dessa mesma linhagem. Passava as noites trabalhando em seus dossiês, redigindo notas sobre diferentes temas, para orientar seus ministros. Em quatro anos, ele foi algumas vezes ao teatro, mesmo assim com escolha a dedo das peças: Ralé, de Gorki, cujos exageros apreciava; Tio Vania, de Tchekhov, que ele conhecia; e O grilo da lareira, de Dickens, que achava muito burguês.

 

Nunca passava pela porta do Teatro Bolchoi, pois detestava vislumbrar aqueles sinais exteriores de opulência. Tampouco se dava ao trabalho de comparecer a exposições de pinturas futuristas, arte que denunciava como portadora de um espírito de degradação. Lenin só encontrava trégua na leitura, ao reler seu caro Leon Tolstoi, reencontrar Nicolas Nekrassov, professor de sua juventude, ou descobrir, com A alegria de viver, um certo Emile Zola, que imediatamente passou a ser um de seus escritores favoritos.

 

O poder, numa Rússia em desespero, consistia em pegar certas teorias no contrapé. Em política internacional, como na interna, o grande sonho só se realizava sob as máscaras. E foi em meio a uma grande tristeza que uma doença obscura atingiu o velho lutador. Do final de 1921 ao início de 1924, ele permaneceu semiparalisado, freqüentemente incapaz de falar, vítima de vômitos incessantes e de terríveis dores de cabeça. Cercado de mulheres que se tornaram também enfermeiras – Krupskaia, Maria, sua irmã e quatro secretárias – ele teve de abandonar a sorte da revolução a seus camaradas. Já em setembro de 1922, Stalin havia dito: “Lenin está Kaput” – decretando que o líder estava acabado.  Lenin não era mais que uma sombra e assim permaneceria até o final. Ele morreu como um burguês, numa casa de campo em Gorki. Só então a mitologia bolchevique, dialeticamente organizada, apoderou-se de seu nome e de seu corpo para fazer dele o ícone dos ícones. E, paradoxalmente, tudo termina assim: Sócrates faraó.

 

 

 

 

 

Cronologia

1870

22 de abril: nascimento, em Simbirsk

 

1887

1o de março: atentado contra o czar Alexandre III; entre os terroristas presos estava o irmão mais velho de Lenin, Alexander Ulianov, que foi condenado à morte

 

1889

Conseguiu graduar-se em direito, pela Universidade de Petrogrado

 

1895

Fundou a União para a Luta pela Libertação da Classe Operária

 

1897

Desterro na Sibéria

 

1900

Primeiro exílio, na Suíça; 21 de dezembro: lançamento do jornal Iskra (A Chama)

 

1903

Tornou-se o líder dos bolcheviques, no Partido Social-Democrata Russo

 

1909

Lançou Materialismo e empiriocriticismo

 

1917

Eclosão e triunfo da Revolução Russa

 

1918

Sofreu um atentado

 

1919

Congresso da III Internacional

 

1922

União das repúblicas socialistas soviéticas

 

1924

Morte, em Gorki

 

 

Advogado e escritor

Lenin nasceu em uma família que cultuava o intelecto; os filhos eram educados com senso de disciplina e amor ao estudo. A partir de 1887, cursou direito, na Universidade de Kazan. Expulso da faculdade por seus ideais, bem mais tarde conseguiu obter a graduação. Profissionalmente atuou como advogado por algum tempo, voltado à defesa de camponeses e operários. A essa atividade mesclava a de organizador de massas, via criação de núcleos de estudo e ação. O desejo de conhecer melhor outras realidades fez com que saísse de seu país em direção à Suíça, Alemanha e França. Ao voltar, foi preso e deportado para a Sibéria. Ao ser libertado optou pelo exílio, na Suíça, onde começou a atividade de editor de jornais para propaganda ideológica. Nessa época, escreveu uma de suas principais obras: O que fazer? Regressou à Rússia depois da revolução de 1905, mas logo teve de voltar ao estrangeiro, fugindo de perseguições. Viveu anos em Paris, nesse segundo exílio, período em que também escreveu muito; com destaque para a obra Materialismo e empiriocriticismo.      

– Mirian Ibañez

 

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