Henfil
(1944-1988)
Pseudônimo de Henrique de Souza Filho. Começou trabalhando na revista Alterosa, depois foi para o Diário de Minas. Mudou-se para São Paulo, que satirizava como “sul maravilha”. Criou tipos com seu traço característico: Zeferino, Bode Orellana, os Fradins, Orelhão, Urubu, Pó de Arroz, Bacalhau, Ubaldo o Paranóico. Porém, a Graúna foi seu maior sucesso de público. Trabalhando com várias mídias, escreveu para o teatro, dirigiu um filme, produziu quadros na TV, escreveu livros. Tentou trabalhar nos Estados Unidos, mas seu estilo agressivo não agradou, uma vez que seu trabalho talvez fosse mais voltado para as revistas underground do que para os leitores de jornais, de conservadoras famílias americanas.
Voltou para o Brasil e escreveu mais um livro. Hemofílico, foi vítima da incompetência dos governantes que levaram a saúde ao caos: numa transfusão de sangue, em um hospital público, contraiu o vírus da Aids e faleceu em decorrência da doença no auge da sua carreira, quando conquistou espaço nos principais jornais do País, no final da ditadura que tanto combateu. A Geração Editorial está republicando sua obra completa.