O Espaço Cultural Calamengau encerra sua programação de aniversário (23 anos de estrada) com um forrozão que vai dar o que falar. No próximo sábado (30), a casa recebe Lino de França, um dos principais intérpretes de Luiz Gonzaga na atualidade, por muitos chamados de a reencarnação do Rei do Baião. A Banda Calamengau comemora a data sempre com uma programação recheada de muitas atrações. As festas neste ano começaram dia 02/06 e marcam sem dúvida um dos melhores momentos artísticos e culturais já vivenciados em Curitiba. Foram shows especiais, com muita dança, oficinas de incentivo à música paranaense, quadrilhas, culinária típica da época e muito mais. Depois da apresentação de Lino de França, a festa continua com a banda Forró Calamengau, num repertório rico em música de raiz e repleto de marchinhas de São João. A noite termina com um delicioso café da manhã com tradicional comida nordestina. Venha se divertir. A casa abre às 22 horas. Para mais informações acesse: www.calamengau.com.br SERVIÇO Data: 30 de junho de 2006 (sábado, a partir das 22 horas).Local: Espaço Cultural Calamengau (Sociedade Vasco da Gama) – Rua Dr.Roberto Barrozo, 1190. Alto São Francisco – Curitiba/PR.Telefones: (41) 3024 4546 e 3338 7766 QUEM É O LINO DE FRANÇA
Lino de França desde pequeno se identificou com a música. Seu pai era conhecido como “Luiz Diana” e tocava em festas no sertão. Era um homem que amava o forró e ensinou os primeiros passos da sanfona para seu filho, hoje conhecido como “Lino de França”.
Aos seis anos de idade, Lino já tocava a primeira parte de “Asa Branca” que seu pai havia ensinado, e o restante da música foi descobrindo com o tempo. Seu pai lhe ensinou que deveria amar Luiz Gonzaga como artista e ser humano. Lino cresceu ouvindo as pessoas falarem que seu pai era idêntico à Luiz Gonzaga, cantor no qual só conhecia a voz, pois nunca tinha o visto em lugar nenhum .
Na infância, Lino não tinha televisão, discos e nem fotos de “Gonzaga”, que para seu pai, era fonte de inspiração. Certo dia descobriu que Luiz Gonzaga tocaria em um programa de TV, conhecido como “Alô Brasil, aquele abraço” da Rede Globo. Como queria comprovar se o que o povo falava era real, Lino ficou até altas horas da noite na casa de uma tia e aguardou o início do programa.
Quando Luiz Gonzaga apareceu, Lino ficou em estado de choque e muito impressionado, pois Luiz Gonzaga realmente era “idêntico” ao pai. Daquele dia em diante Lino seguiu os traços de seu pai e de Luiz Gonzaga.
CALAMENGAU COMEMORA 23 ANOS
Música nordestina em Curitiba na década de 80 era uma novidade que cutucava o coração saudosista da população que saiu de sua terra natal e veio procurar algo a mais no sul. Gente com o Ceará, vocalista da banda Forró Calamengau, enraizou aqui desde então esta cultura que preserva a riqueza artística do país em todos os seus sentidos e agora já caiu no gosto da maioria dos curitibanos.
O Calamengau comemora neste mês de junho muito mais do que seu aniversário de 23 anos e relembra sua história. A banda celebra o grande público que inspirou e formou para o estilo musical. “Hoje muita gente aprecia e toca forró aqui em Curitiba porque teve acesso ou até mesmo conheceu a música nordestina através de nosso trabalho”, conta o vocalista.
Inspirada em cantores com Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Marines, Elza Soares, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro entre outras referências, a banda toca e acredita no forró-de-pé-de-serra, que permite a leitura e reprodução da música dos melhores compositores do forró.
Onde tudo começou
Foi da convivência com a musicalidade da cidade de Juazeiro do Norte (BA) e as festas que a família organizava que surgiu o gosto pela música no principal articulista da banda. “Lá, bastava você sair na porta de sua casa que encontrava rabequeiros, cordelistas, pessoas que recitavam versos, tocavam baião. Lembro que passava grande parte do meu tempo na oficina do mestre Inácio, homem que fabricava instrumentos musicais e cantava lindamente enquanto os fazia”, conta Ceará. Mesmo passando por dificuldades na nova vida que em 1969 levava em São Paulo como metalúrgico, ele não esquecia de suas raízes e sonhava em poder um dia cantar como os grandes artistas que conheceu enquanto moleque. “Na minha casa sempre tinha festa. Era um tipo de parada para os cantores famosos que passavam por ali”. Somente em 1975, quando chegou à Campo Mourão (PR) que ele e alguns amigos começaram a tocar forró. Então de algumas brincadeiras no final de semana, surgiu a banda que primeiramente era chamada de “Trapiá” (1984). Foi um amigo carioca que apelidou a banda “Ceará e suas Fortalezas”, já quando ela tocava em eventos em Curitiba. “Resolvi me mudar pra Curitiba e abri vários estabelecimentos com o atual nome do grupo: Calamengau”. O nome serviu como referência para pousadas, armazéns e restaurantes, até a idéia de fazer do hobby algo para se viver. Por volta de 1996, Ceará abriu o Espaço Cultural Calamengau, casa noturna em que toca todos os sábados, além de desenvolver um trabalho de resistência e resgate cultural no Paraná, trazendo sempre cantores e artistas que prezam pela música de qualidade e de raiz.
Em seus 10 anos de história, o espaço já realizou mais de 900 apresentações, para aproximadamente 900 mil pessoas. O Calamengau também é sede do Grupo de Estudos de Música, Danças e Ritmos brasileiros, o Boizinho Faceiro, além do Maracatu Estrela do Sul e do Grupo de Fandangos Meu Paraná. Contato:Assessoria de Imprensa Pré-Texto Comunicação- Espaço Cultural CalamengauPatrícia Stedile(41) 3257-0489 – 9121-0650patriciastedile@yahoo.com.brCláudio Ribeiro(41) 9192-7727