Fora Bolsonaro e bandeira de Lula marcam o primeiro dia do Lollapalooza

 

Da diversidade celebrada, o primeiro dos três dias de festival ficou marcado por um desejo comum de rejeição a Bolsonaro. Os gritos uníssonos foram ouvidos em praticamente todos os shows

O Lollapalooza abriu seus palcos no início da tarde desta sexta-feira (25) com o rapper Edgar. Depois dele, um grande lineup de músicos e bandas que marcam o pop, o rock e o indie desfilaram no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Da diversidade celebrada, o primeiro dos três dias de festival ficou marcado por um desejo comum. Gritos “fora, Bolsonaro” foram ouvidos em praticamente todos os shows.

Mesmo antes de Edgar, enquanto o telão mostrava memes e figuras que remetem ao universo “millenial”, já se ouviam os gritos. O rapper absorveu o clima adaptando uma de suas músicas mais conhecidas, Plástico, e adicionou os dizeres “Bolsonaro é um lixo”. A música fala sobre problemas do mundo contemporâneo, o vazio da sociedade conectada e o descaso com o ambiente “real”. “A realidade ainda vai explodir. É um blecaute, um tsunami (…) Aumenta a procura por comida 3D; manifestante segurando suas placas de led (…) É a era do plástico.”

Edgar cantou ainda a música Também Quero Diversão, sobre o momento do Brasil. “Estamos voltando a 1964”, afirma, em referência à adoração do atual ocupante da Presidência ao golpe que sufocou a democracia no Brasil, e fez presos políticos torturados, desaparecidos e mortos. Enquanto isso, em outro palco, o cantor e líder da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, puxou a nostalgia dos nascidos nos anos 1990 e também as críticas ao presidente. Tico é conhecido por se posicionar abertamente nas redes sociais. “Não importa sua ideologia, desde que você esteja no campo democrático”, disse o cantor, seguido de gritos de “fora, Bolsonaro”.

Outro grande destaque foi a apresentação da Pabllo Vittar. Uma das maiores artistas brasileiras da atualidade já declarou apoio ao ex-presidente  Lula em diversas ocasiões. Ela chegou a viralizar nas redes sociais ao aderir a um movimento que pede sua presença em uma eventual festa de posse de Lula em 2023. Pabllo chegou no palco envolvida em uma toalha com a foto de Lula. No palco, após grande apresentação, se despediu do público puxando uma “fora, Bolsonaro”.

Apoio a Lula

Desde 2021, a cantora vem revelando seu apoio à candidatura do petista. “Estou só esperando o ano que vem para poder votar. Vai ser Lula em 2022. Sou a primeira a levantar essa bandeira porque passei por muita coisa nessa vida. Eu lembro quando o Bolsa Família foi criado (2004) e eu pude ir ao mercado fazer compras para a minha mãe. Quem não teve que passar por isso fala o que quer”, relatou à revista Elle, em setembro de 2021.

Nascida em São Luís, capital do Maranhão, Vittar também revelou, em entrevista a Luciano Huck, em junho de 2021, que morou com a mãe e as irmãs em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Uberlândia (MG).

“Eu disse: ‘Gente, tô cansada de aluguel, não está dando mais. Nós fomos, surgiu uma invasão, nós fomos, construímos”, explicou Verônica Rodrigues, mãe de Vittar, a Luciano Huck. “Eu te juro por tudo”, reforça a cantora ao ser questionada pelo apresentador.

“Eu levava eles pro Movimento”, reforça a mãe. Segundo a cantora, a família morou por dois anos no assentamento, em uma casa de lona.

Nas eleições presidenciais de 2018, Pabllo já havia declarado repúdio à eleição de Jair Bolsonaro ao particiapr do movimento #elenão.

Com informações do BdF e da RBA

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