FILO-Máscaras e mímica

filoFamilie-FlozA Cie Familie Flöz, da Alemanha, tem por característica o uso de máscaras e a mímica na condução de seus espetáculos; o cuidado nas produções deu-lhe reconhecimento internacional…

É invisível a linha que separa os espaços de luz e de sombras. A companhia alemã Familie Flöz apropriou-se do tema para construir “Teatro Delusio”, em cartaz dias 20 e 21, às 20h30, no Teatro Ouro Verde, dentro da programação do FILO 2011.

A peça desenrola-se nos bastidores de um teatro, naquela zona que fica imediatamente atrás do palco, muito próxima de onde as luzes recaem nos eleitos que, ao fim da jornada, recebem aplausos e carinho do público. Nas sombras, ficam os artífices que contribuem para o sucesso, porém fadados ao anonimato.

O raciocínio poderia não ser esse, mas é justamente o sentimento que rege os três funcionários do antigo Teatro Delusio: Bob, jovem forte e imprevisível; Bernd, enfermo, com um cansaço crônico, sempre cumprindo ordens, e Ivan, ciente do papel de controlador que exerce sobre os dois no teatro. Não quer perder a condição de mando.  Os três subalternos entregam-se de forma incansável à perseguição de sua própria felicidade.

Máscaras e mímica

O grupo tem como característica marcante o uso de máscaras que são uma importante ferramenta para o desenvolvimento do espetáculo. Outra característica é a renúncia do uso da palavra. Imagens, ruídos e música são elementos com os quais trabalham para criar um teatro poético e cômico.   
Desde sua estreia em 1996 o Familie Flöz alcançou um nível de qualidade que o levou a apresentar-se em cerca de 30 países.

 A Companhia:

A Cie Familie Flöz é um grupo que se define como “criadores de teatro”. Foi criada por Hajo Schüler e Markus Michalowski, estudantes de teatro e mímica na Folkwang Hochschule de Essen, Alemanha, que experimentavam as máscaras que eles próprios construíam. Uniram-se ao diretor Michael Vogel, também diplomado pela Folkwang e, em 1996, estrearam “Familie Flöz kommt Über Tage”, recebida com êxito pelo público e crítica.  Anos depois o grupo adotou o nome da peça.

Perto de 40 artistas de dez nacionalidades revezam-se nos espetáculos – são atores, músicos, bailarinos, diretores, dramaturgos, entre outras especialidades. A cada nova ideia que surge, burilam juntos a criação dos personagens, as máscaras, a condução do espetáculo. Mas é no imaginário da plateia que os rostos encobertos dos artistas ganham expressões e vida.

O repertório do grupo alemão reúne montagens que trouxeram ao palco discussões complexas sobre os valores familiares, a liberdade, sonhos, ambições, a fragilidade da existência além de outros temas. Em “Teatro Delusio”, eles buscam o requinte das roupas de época e um cenário suntuoso para discutir as artes cênicas e as frustrações entranhadas no ser humano.

Os fundamentos artísticos e artesanais do grupo estão determinados pelo estudo em A Folkwang-Hochschule de Essen, sendo um de seus princípios unir entre si de modo frutífero as diferentes disciplinas artísticas.

As características máscaras de Flöz são também uma ferramenta importante para o desenvolvimento do material dramático e das figuras. De modo similar a um texto, uma máscara não só aporta uma forma, senão também um conteúdo. O processo de desenvolvimento de uma máscara desde o jogo das primeiras provas até chegar à simbiose entre ator e máscara, é literalmente decisivo para o resultado. O ator por trás da máscara escreve a cena com seu corpo no ar.

Assessoria de Imprensa FILO

Serviço:

Data: 20 e 21 de junho

Horário: 20h30

Local: Teatro Ouro Verde – Londrina Paraná

Classificação: Teatro adulto

Faixa etária: 14 anos

Duração: 70 min.

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