FILO – 2007

 

 

A encenação poética do teatro de bonecos do grupo Pickled Image, da Inglaterra, a dança vigorosa da companhia russa Derevo e a instalação lúdica do espetáculo de rua Móbile Homme, da companhia francesa Transe Express, estão entre as atrações da última semana do Festival Internacional de Londrina – FILO.

 

A convergência de diferentes linguagens é a marca desta edição que elegeu como tema a diversidade, bem assinalada na criação de grupos nacionais e internacionais que vêm a Londrina.

 

Além das montagens internacionais, o teatro brasileiro está bem representado. Entre os nacionais, Cacá Carvalho, em parcerias com a Fondazione Pontedera Teatro, da Itália, traz ao FILO 2007 dois espetáculos: “O Homem com Flor na Boca” e “O Homem Provisório”, com propostas diferenciadas que reverenciam um clássico de Pirandello e o sertão bem cozido no caldo da cultura brasileira.   

 

Também do Brasil, “O Círculo de Giz Caucasiano”, encenado pela Companhia do Latão, referenda a presença eterna de Brecht e do teatro de reflexão, característica que pontua o FILO desde sua primeira edição.

 

Perto de completar 40 anos, em 2008, o FILO é o evento teatral mais antigo do País, mantendo a coerência de trazer ao público uma programação qualificada e diversificada.    

 

Para o diretor do FILO, Luiz Bertpaglia, a diversidade faz parte do conceito do festival que busca grupos representativos, apontando para caminhos que preservam a tradição ou trazem o novo. “A diversidade – ele diz – não é uma escolha aleatória, mas sim resultado de uma pesquisa criteriosa. Temos referências das companhias internacionais, por exemplo, e as convidamos para o FILO, construindo assim um conceito a partir das nossas próprias escolhas.”

 

Entrando em sua última semana, o FILO 2007 exibe uma peculiaridade: o teatro de rua, desta vez, parece atingir um número maior de pessoas e a freqüência nos teatros mantém os patamares dos anos anteriores, concorrendo para que o FILO atinja, no total, cerca de 100 mil espectadores. Além da população de Londrina, centenas de pessoas de outras regiões do Brasil estão na cidade para prestigiar as atrações artísticas, transformando o FILO num evento de alcance nacional, também sob o ponto de vista do público.            

 

Assessoria de Imprensa FILO

Jackeline Seglin

Célia Musilli

Guto Rocha

(43) 3324-7118

(43) 3323-3226

 

 

Espetáculos em destaque na última semana do FILO

 

“El Solitário de Pessoa” – Cia. Miranda (México). Direção: Cordélia Dvorák

Sinopse: Colagem poético-teatral. Uma proposta que conjuga teatro, poesia, música e coreografia, baseada essencialmente em fragmentos do “Livro do Desassossego”, de Fernando de Pessoa. Cinco atores dão vida ao personagem, um homem fragmentado, que viveu um amor platônico por uma secretária chamada Ofélia.

Em cartaz de 16 a 18 de junho, no Teatro Funcart, às 20h30

 

“Graphic” – Grupo: Vigor Mortis (Curitiba). Direção: Paulo Biscaia Filho

Sinopse: Três personagens se expressam por meio de gráficos: Artie desenha manuais de instruções, Becca é uma executiva que faz gráficos financeiros e Raf é um artista de rua que faz stencil em muros. A disputa por uma vaga como desenhista de quadrinhos profissional faz com que venham à tona frustrações, anseios e visões, chegando a conseqüências que levam à morte de um deles.

Em cartaz nos dias 18, 19 e 20 de junho, no Teatro Marista, às 20h30

 

 “Houdini’s Suitcase” – Pickled Image (Inglaterra). Direção: Emma Lloyd

Sinopse: Performance, máscaras e bonecos marcam este espetáculo, uma festa visualmente rica e poética. Do alto de uma pilha de malas, um velho homem espera. As memórias se embaraçam e mudam como poeira ao vento. Um carnaval macabro de seres estranhamente bonitos. A Pickled é conhecida por produzir bonecos visualmente fantásticos para teatro, ópera, tevê e cinema.

Em cartaz nos dias 19, 20 e 21 de junho. Local: Teatro Zaqueu de Melo, às 19 horas

 

“Johnny Cogió su Fusil” Fundiciones Teatrales (Espanha). Direção: Jesús Cracio

Sinopse: Adaptação de Antonio Álamo e Jesús Cracio para o romance “Johnny Vai à Guerra”, de Dalton Trumbo, que conta a história de um jovem mutilado pela guerra. O espaço cênico apresenta dois planos: um no alto, distante, velado, onde estão o amor e a juventude, mas onde também cai a bomba que mutila o jovem; e outro plano, mais próximo do espectador, onde se encontra a cama do soldado.

Em cartaz nos dias 20, 21 e 22 de junho. Local: Teatro Funcart, às 20h30

 

“Ketzal” – Cia Derevo (Rússia). Criação coletiva: Derevo

Sinopse: “Ketzal” é um espetáculo selvagem, caótico, místico, fantástico e extremamente bonito. É um trabalho delineado pelo teatro de imagem e a dança, de forte impacto corporal. Em cena, são destacadas a iluminação e as imagens. Uma rica trilha sonora foi esculpida para o movimento. Derevo é considerado uma das companhias mais respeitadas no mundo em seu estilo de atuação.

Em cartaz nos dias 19 e 20 de junho. Local: Teatro Ouro Verde, às 20h30

 

“Medea” – Cia Atalaya (Espanha). Direção: Ricardo Iniesta

Sinopse: Baseado nas obras de Eurípides, Sêneca e Heiner Müller. Quatro atrizes fazem o papel da feiticeira que mata os filhos para se vingar de Jasão. “Medéia Terra” representa sua ligação com a Cólquida; “Medeia Fogo” acaba fugindo com Jasão e traindo seus familiares. “Medéia Água” é a estrangeira em um país estranho e “Medéia Vento”, a que decidirá o trágico dilema final.

Em cartaz nos dias 22 e 23 de junho. Local: Teatro Ouro Verde, às 20h30

 

‘Mobile Homme”  Transe Express (França). Direção: Gilles Rhode e Brigitte Burdin

Sinopse: Performances teatrais e circenses, artes plásticas e música marcam a apresentação de ”Mobile Homme”. Para o primeiro trabalho aéreo que a companhia intitula ”arte celeste”, percussionistas e uma trapezista surgem a 40 metros de altura, carregados por um guindaste. A paisagem urbana será o cenário para este móbile gigante instalado ao ar livre.

Em cartaz no dia 23 de junho. Local: Saída – em frente ao Teatro Ouro Verde, às 19 horas

 

“O Círculo de Giz Caucasiano” – Companhia do Latão (São Paulo). Direção: Sérgio de Carvalho

Sinopse: Obra-prima de Bertolt Brecht. A peça apresenta um prólogo com um grupo de camponeses que discute o direito à propriedade; uma encenação em tom de fábula sobre uma empregada da corte que toma conta de uma criança abandonada pela mãe e a farsa de um juiz beberrão, cuja desconformidade patética com a lei o aproxima da justiça.

Em cartaz nos dias: 20, 21, 22 e 23 de junho. Local: Casa de Cultura, às 20h30

 

“O Homem com Flor na Boca” – Fondazione Pontedera Teatro / Cacá Carvalho (Itália/São Paulo). Direção: Roberto Bacci

Sinopse: Montagem do texto do italiano Luigi Pirandello (1867-1936) sobre um homem que, após um diagnóstico de câncer, passa a dar mais atenção às pequenas coisas. Para aproveitar o tempo que lhe resta de vida, ele perambula pelas ruas, observando os transeuntes nas suas rotinas diárias de ocupações simples e suas angústias.

Em cartaz nos dias 19 e 20 de junho. Local: Usina Cultural, às 21 horas

 

“O Homem Provisório” – Casa Laboratório para as Artes do Teatro (São Paulo).  Direção: Cacá Carvalho e Fondazione Pontedera Teatro

 

Sinopse: Adaptação de “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa. A história traz experiências de um último jagunço em uma noite angustiante no sertão. A montagem é resultado do processo de pesquisa e experimentação dramatúrgica dos integrantes do grupo no sertão do Cariri, no Ceará. A saga é contada em versos de cordel, encomendados ao poeta Geraldo Alencar.

Em cartaz nos dias 21, 22 e 23 de junho. Local: Usina Cultural, às 21 horas

18/06/07

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