Fernanda Montenegro

 

Fernanda Montenegro. Lançamento da peça "Gilda", 1994.Arlette Pinheiro Esteves da Silva nasceu a 16 de outubro de 1929 no Rio de Janeiro, descendente de italianos pastores de cabras da Sardenha, na Itália, de quem herdou o espírito de luta, tenacidade, disciplina e força de vontade espartana. Segundo suas próprias palavras é uma operária e tem mais vocação do que talento. Pura modéstia.

Seu nome, Fernanda, ela escolheu dentre personagens romanescos de Proste Balzac e o Montenegro é em homenagem a um médico homeopata, amigo querido de seus pais, tios e avós. Nem mesmo o marido, o ator Fernando Torres, com quem está casada há 47 anos, a chama de Arlette.

Foi criada em Jacarepaguá numa casa com quintal vasto onde criavam vacas, cabritas, porcos; comprida e magricela, Fernanda era exímia puladora de corda, amarelinha, porém não era travessa. Sempre foi quieta por temperamento.

Considera-se autodidata por não ter formação acadêmica; seu primeiro trabalho foi como locutora na rádio do MEC onde teve aulas de dicção, declamação e interpretação de texto. Ainda era funcionária do MEC quando fez sua primeira estréia no teatro, com a peça “Alegres canções nas montanhas”, em 1950, que foi um fiasco mas ela encontrou no elenco com o ator Fernando Torres, seu futuro marido e pai dos seus dois filhos, Cláudio, cineasta, cenógrafo e artista plástico, e Fernanda, atriz consagrada como a mãe.

Sua fama deu-se a partir de 1952 com a encenação de “Loucuras do Imperador”, hoje já são 57 peças e 12 filmes contabilizados em sua carreira de sucessos. Participou, já como a grande dama do teatro brasileiro, de novelas da rede Globo, ganhou o Urso de prata em Berlim e melhor atriz da Associação de críticos americanos por sua atuação magistral no filme “Central do Brasil”, e foi indicada ao Oscar pelo mesmo filme.

Não se considerava a grande dama do teatro brasileiro e nem unanimidade nacional, citando como grandes e que a emocionaram as atrizes Dulcinha de Moraes, Dercy Gonçalves, Bibi Ferreira e Cacilda Becker.

Em Cena:

– É… (1977) teatro
– Eles não usam black-tie (1980) cinema
– As lágrimas amargas de Petra Von Kant (1982) teatro
– Central do Brasil (1998) cinema

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