Fera Cambé –

 

 

O Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera) encerrou suas atividades em 2007 nesta sexta-feira (9), em Cambé (Norte do Paraná). Nesta quarta edição, o Festival envolveu cerca de 15 mil estudantes das redes estadual e municipal de educação, com oficinas artísticas e cerca de 1,3 mil apresentações em seus palcos. Segundo o secretário da Educação, Mauricio Requião, o objetivo da Secretaria é que o projeto chegue cada vez a mais escolas. “Nosso grande desafio, a partir de agora, é que cada raiz do Fera

alcance cada uma das nossas escolas públicas. Estamos trabalhando para

que toda essa efervescência cultural, que acontece no Fera, ocorra no

interior das nossas escolas”, disse.

 

De acordo com Cláudio Ribeiro, diretor de Lazer da Paraná Esporte, o Festival é um grande incentivo à Cultura no Estado. “O Fera é um instrumento capaz de subverter os valores que a indústria cultural impõe, que sufocam as manifestações regionais e locais, que impedem o ser humano de se manifestar através da sua arte e da sua sensibilidade criadora”, afirma. “O governo trilha a construção de uma cultura democrática, que é o complemento central do desenvolvimento humano, e o Fera continuará nessa perspectiva, caminhando firmemente numa proposta de concreta de ação educacional e cultural”, frisou.

 

Para Rose Lobo, coordenadora do Fera, o projeto atinge a maturidade. “A quarta edição do Fera evidenciou que o projeto está atingindo a maturidade, tanto por parte da coordenação, como por parte dos alunos participantes”, afirmou. “Nas apresentações dos alunos é perceptível um sensível ganho de qualidade e isso nos demonstra a existência de um longo processo de criação realizado no interior das escolas, com as pesquisas dirigidas ao tema e a elaboração das apresentações”, explicou.

 

O Fera é promovido pela Secretaria de Estado da Educação e desenvolvido pelo Paraná Esporte.

 

Para o presidente da Fundação Cultural e Artística de Cambé (Funcac), Leonel Bacinello, a realização da terceira etapa do Fera neste ano foi um presente para a cidade e para seus moradores. “Nossa comunidade dá um passo de qualidade para a cultura em todos os seus setores, a partir da realização do Fera. Como disse Albert Einstein, a cabeça que se abre para um novo conhecimento jamais volta ao seu tamanho normal”, citou.

 

Leonilda Conceição Silva Takeda, professora de Artes do Colégio Estadual Padre Ângelo Casa Grande, de Marilândia do Sul, participou das quatro edições do Festival, disse que o Fera surgiu em um momento muito importante. “Estávamos necessitando de algo voltado à disciplina de Artes, pois esta disciplina estava sendo quase esquecida, deixada de lado, era apenas uma atividade. Mas agora, com o Fera, a Arte é valorizada e todos os professores e alunos a olham de uma outra forma e essa visão, mais ampla, passou a ser explicitada após surgimento do Fera. A transformação cultural forma adultos melhores”, destacou.

 

Para Vânia Araújo, professora de Educação Física do Colégio Estadual João Paulo II, de Arapoti, a interação entre alunos e professores durante o Festival foi excelente. “Participei de uma oficina de iniciação às artes circenses, na qual aprendi a fazer malabarismo e a confeccionar os malabares. Já estou bolando coreografias para ensinar aos alunos. O conhecimento será muito bem utilizado”, disse.

 

Telma Luchini Kremer, professora de História da Escola Estadual Professor Paulo Mozart Machado, de Cornélio Procópio, ressaltou a qualidade das oficinas ofertadas durante o festival. “Gostei muito da oficina de teatro, que mostrou que o teatro pode ser usado em todas as disciplinas como forma para enriquecer as aulas”, disse.

 

Para Lillyane Cintra, 14 anos, estudante da oitava série do Colégio Estadual Antônio Bitoldi, de Sertaneja, o Fera dá oportunidade aos jovens de mostrar seus trabalhos. “Esse espaço incentiva a produção artística, gostei muito da oficina de que participei e nela aprendi muito”, destacou. Débora Luana Matias, 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Unidade Pólo, de Jandaia do Sul, disse ter gostado do Festival e que espera participar da quinta edição, no próximo ano. “É muito bom poder participar, ano que vem quero estar aqui de novo. Gostei muito de assistir as apresentações”, afirmou.

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