Exposição Retratos do Brasil -Curitiba

Patrimônio  Click para ampliar! 

A Fundação Cultural de Curitiba e o ParkShopping Barigüi abrem nesta quarta-feira (16) a exposição “Retratos do Brasil”, que apresenta 29 fotos da capital paranaense captadas pelas lentes de Zig Koch. O trabalho do fotógrafo foi realizado em conjunto com a jornalista Maria Celeste Corrêa ao longo de dois anos, o que resultou num livro de 64 páginas e uma exposição fotográfica com 37 painéis legendados, que foi doada à Fundação Cultural. Depois de ocupar o Memorial de Curitiba até o final de fevereiro, a mostra agora será levada pela Fundação a diversos espaços do município, com o objetivo de tornar a cidade mais conhecida pelos seus próprios moradores. O ParkShopping Barigüi foi escolhido para iniciar o roteiro itinerante. A mostra, que faz parte das comemorações do aniversário de 312 anos de Curitiba, fica em cartaz até 31 de março, no piso superior, em frente ao cinema.
As obras fotográficas contemplam algumas imagens aéreas e revela ângulos inusitados – mesmo em locais considerados cartões-postais da cidade. É assim com os detalhes da Ópera de Arame e do Jardim Botânico, com a tomada do Museu Oscar Niemeyer minutos antes de uma tempestade e com a vista da cidade cercada pelas montanhas da Serra do Mar. “A idéia é lançar um olhar diferente sobre Curitiba que explica o presente tendo como base o passado. É isso que faz com que esta cidade tenha características tão especiais”, conta o fotógrafo curitibano Zig Koch. O trabalho foi realizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e teve o patrocínio integral da Siemens.
Um pouco da nossa história
Curitiba nasceu no isolamento do planalto, como um humilde vilarejo de garimpeiros que aqui chegaram em busca de ouro. O lugar já era habitado por grupos indígenas e tinha seus contornos desenhados por majestosos capões de araucárias que salpicavam os campos naturais. E foi a semente comestível da araucária – o pinhão – que contribuiu para o batismo da cidade: no idioma indígena, coré etuba quer dizer “muito pinhão”. Na boca dos caboclos e dos homens brancos, virou Curitiba.
A condição de Vila foi conquistada em 29 de março de 1693. Mas o desenvolvimento só começou a dar sinais, lentamente, a partir do século XVIII. Foi quando os tropeiros que conduziam muares e mercadorias desde a cidade gaúcha de Viamão até Sorocaba, em São Paulo, transformaram o lugar em ponto de passagem e parada. Depois vieram os mais variados grupos de imigrantes. Com seus falares e hábitos distintos, ajudaram a moldar o perfil social e cultural do povo curitibano.
No século XX, a cidade viveu o ciclo da erva-mate e os reflexos do ciclo da madeira. Surgiram os primeiros edifícios e os belos palacetes. Mas foi a partir da década de 1960 que Curitiba começou a mudar o seu destino por meio do Planejamento Urbano. A cidade foi sendo remodelada até se transformar em referência mundial. Seus parques, suas soluções sociais, educacionais e ambientais, sua proposta cultural e até seus ônibus diferentes mostraram que se pode mudar sem perder a essência, vislumbrar o futuro sem esquecer do passado.

Compartilhar: