Enredo 2010 – Pérola Negra

a Pérola NegraPérola Negra homenageia Rolando Boldrin e a diversidade brasileira

Escola leva para avenida 22 alas e 3 mil componentes.
Rainha de bateria será escolhida por meio de concurso.

A Pérola Negra fecha os desfiles do carnaval paulistano no dia 13 de fevereiro. Com o enredo “Vamos tirar o Brasil da Gaveta”, a escola homenageia a diversidade cultural brasileira através da história da vida do cantor e compositor Rolando Boldrin.
“O enredo leva o mesmo nome que o projeto de 50 anos da carreira dele. Ele sempre diz que dentro do Brasil existem vários ‘Brasis’. Essa é a proposta do enredo, tirar da gaveta essa diversidade”, afirmou o carnavalesco André Machado.
O abre-alas deve mostrar isso claramente. Segundo Machado, a escola trás um gaveteiro no primeiro carro. “Quero sintetizar o que o enredo fala sobre diversidade cultural, tirando esses artistas escondidos da gaveta literalmente”, afirmou o carnavalesco ao G1.

 

André Guedes e Gisa Camillo, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, virão logo atrás da comissão de frente, representando o sol. “Como somos a última escola a desfilar, é provável que já esteja nascendo o dia até o fim da nossa apresentação”, disse o carnavalesco.

 

Escultura do 2º carro da Pérola Negra mostra a diversidade de etnias (Foto: Mayra Lopes/G1)

O símbolo do desfile da Pérola Negra é o canário. “Escolhemos o canário porque ele escolhe um lugar para construir o ninho e pode voar, conhecer outros lugares, mas sempre volta ao lugar de origem e é essa reflexão que queremos propor”, afirmou Machado, que acredita que os brasileiros valorizam demais a cultura de outros países.
“Tudo o que é nosso a gente sabe que existe e valoriza quando é citado, mas está sempre escondido, principalmente na música e na dança. Ninguém sabe o nome de quem inventou a forma de sambar”, justificou o carnavalesco da Pérola Negra.
A escola vai para a avenida com cinco carros alegóricos e 22 alas. De acordo com Machado, o segundo carro da escola vai falar sobre o negro, o índio e o branco, principais etnias que construíram o Brasil.
O terceiro carro da escola já conta a história de Boldrin em São Paulo, mostrando o caminho que o artista percorreu no teatro, na TV e no cinema. “No quarto setor, a escola homenageia artistas brasileiros que não são conhecidos pela grande mídia”, revelou o carnavalesco. Para fechar o desfile, a Pérola Negra fala sobre o programa de televisão de Rolando Boldrin.
A escola vai contar com 3 mil componentes na Avenida. O preço das fantasias varia entre R$ 220 e R$ 250. “Queria que o brasileiro, amante dos esportes, colocasse esse amor na cultura também” afirmou Machado. A rainha de bateria da escola deve ser escolhida por meio de um concurso. “Vamos escolher uma componente da escola, seguindo a ideia do enredo de valorizar o que é nosso”, disse o carnavalesco da Pérola Negra.

Compartilhar:

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*