O professor universitário Marcelo Coutinho, fundador e coordenador do Observatório Político Sul-Americano, do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (IUPERJ) é o novo Comissário-Geral do Comissariado da Cultura Brasileira no Mundo, criado em setembro de 2006, no âmbito dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, com sede no MinC.
A portaria de nomeação de Coutinho foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 2 de fevereiro, oficializando o início dos trabalhos do setor.
O Comissariado será um forte aliado do Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura (Prodec) e passará a atuar na coordenação da participação brasileira em eventos internacionais, na divulgação da imagem do país no mundo e na promoção das exportações de bens culturais. Faz parte da política do governo brasileiro, de promover e divulgar a cultura e estava previsto no Plano Plurianual de 2004/2008.
Novo Padrão
Marcelo Coutinho vê no fortalecimento da Economia da Cultura, a possibilidade de inversão no padrão histórico de Balança Comercial brasileira – caracterizada pela exportação de matérias-primas e produtos de baixo valor agregado – e transformar o país em líder de um setor de vanguarda da economia mundial.
“Queremos renovar a imagem do Brasil no exterior e acrescentar à atual idéia de paraíso tropical ecumênico, a visão de uma democracia de massas consolidada e emergente, com grande potencial na área da cultura”, afirmou Coutinho. Para tanto, ele pretende estruturar uma política de estímulo ao surgimento de empresas multinacionais, com capital brasileiro, como gravadoras, produtoras e editoras.
Os países da América Latina e da África e os países de língua portuguesa serão os parceiros prioritários da política de comércio exterior do novo Comissariado, com o objetivo de fortalecer os laços culturais e históricos que os une. As negociações comerciais com as nações mais ricas, como os países europeus e os Estados Unidos, grandes consumidoras dos produtos culturais do Brasil, também serão incrementadas.