
“Curitiba sempre teve samba: raízes, rodas e resistência cultural”
O próximo domingo (17) vai ter um sabor especial, no Doce Refúgio. A 141ª Feijoada do Cacique de Ramos promete mexer com todos os sentidos, porque o Grupo Caxambu, de Curitiba, vai provar que o samba não tem fronteiras.
Imagine a cena: no terreiro mais icônico do samba, o mesmo que já abençoou os primeiros acordes de Fundo de Quintal, Zeca e Beth, um grupo vindo lá do Sul abre a roda. O que eles vieram fazer aqui? Provar, com cada batida, que o samba é vento que atravessa qualquer fronteira.
Luisinho, o carioca que trocou o calor pelo frio, traz no canto a herança de Cartola e Nelson Cavaquinho, mas canta como quem aquece um boteco inteiro. Sebah, com pandeiro firme, não deixa a roda parar. Ney 7 Cordas voltou a tocar porque ouviu a batucada do Caxambu — e cada acorde dele é história viva. David Dee bate o surdo como quem conversa com os Orixás. E Cezinha, o batuqueiro “que não nasceu no samba”, mas entrega a cadência que arrepia até quem acha que não sabe sambar.
No repertório, eles temperam clássicos de Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e João Nogueira com composições próprias como Tempo Bom e Plenamente, músicas que têm o gosto do domingo ensolarado, roda cheia e cheiro de quintal.
E quando alguém ousa perguntar “Mas Curitiba tem samba?”, eles respondem sorrindo: tem, sim — e vai tocar no Cacique de Ramos.
Acompanhe essa travessia pelo Instagram @caxambusamba porque certos encontros são para ser vividos de perto e quem ama samba sabe: não dá pra ficar de fora.
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