Convênio de Cooperação

darcy ribeiroMinC e Fundação Darcy Ribeiro assinam acordo para construção de memorial na UnBO ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente da Fundação Darcy Ribeiro, Paulo Ribeiro, assinam convênio de cooperação nessa segunda-feira, 10 de maio, para a criação do Memorial Darcy Ribeiro, em homenagem ao antropólogo e um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB). A cerimônia será às 10h, no auditório do Ministério da Cultura (Esplanada dos Ministérios), em Brasília.

O Ministério da Cultura investirá R$ 8,5 mi para a construção do prédio, no campus da UnB, que terá dois andares e abrigará biblioteca, espelho d’água, salas de aula e climatizador natural. Haverá ainda um espaço para descanso e apresentações, batizado de beijódromo pelo próprio antropólogo que participou da concepção do projeto um ano antes de falecer em 1997.

O novo espaço, de 2 mil m² de área, contará com um acervo de mais de 30 mil exemplares do professor e educador e de sua primeira esposa, a antropóloga Berta Gleizer Ribeiro. Além desse acervo, também estarão disponíveis documentos pessoais, como cartas trocadas com Oscar Niemeyer e o filósofo francês Jean-Paul Sarte; obras de arte brasileiras, como quadros de Portinari; e artefatos indígenas dos mais diversos. Atualmente, toda coleção fica na Fundação Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro.

O objetivo do memorial é oferecer um local de cultura e lazer de uso diverso para o público. O equipamento cultural contará com anfiteatro, auditório, salas de aula, sala de exposição, sala de informática, gabinetes de pesquisas, centro de documentação, cantina e biblioteca.

Darcy Ribeiro

Etnólogo, antropólogo, professor, educador, ensaísta e romancista, nasceu em Montes Claros (MG), em 26 de outubro de 1922, e faleceu em Brasília/DF, em 17 de fevereiro de 1997. Diplomou-se em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1946), com especialização em Antropologia. Etnólogo do Serviço de Proteção aos Índios, dedicou os primeiros anos de vida profissional (1947-56) ao estudo dos índios do Mato Grosso, Amazonas, Brasil Central, Paraná e Santa Catarina.

Nesse período fundou o Museu do Índio, que dirigiu até 1947, e criou o Parque Indígena do Xingu. Escreveu uma vasta obra etnográfica e de defesa da causa indígena. Elaborou para a Unesco um estudo do impacto da civilização sobre os grupos indígenas brasileiros no Século XX e colaborou com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na preparação de um manual sobre os povos aborígenes de todo o mundo.

Organizou e dirigiu o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia, tendo sido professor de Etnologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1955-56). Eleito em 8 de outubro de 1992 para a Cadeira nº 11, da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a Deolindo Couto, foi recebido em 14 de abril de 1993, pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida

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