CEF investe R$ 1 milhão no Arte sem Barreiras

 

 

 

 

 

 

 

As Loterias da Caixa Econômica Federal vão investir R$ 1 milhão no programa Arte sem Barreiras, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), para ampliar o atendimento a pessoas deficientes. O programa foi criado há 15 anos, por Albertina Brasil e Rita Maria Aguiar, e incorporado pelo governo federal em 2003.

Hoje atende 1 milhão de pessoas, correspondente a 5% dos portadores de deficiência física do País. “Essa verba da Caixa vai nos permitir ampliar e aperfeiçoar esse atendimento”, comemora o presidente da Funarte, o ator Antônio Grassi. Hoje, ele assina o convênio com o vice-presidente de Transferência de Benefícios das Loterias da CEF, Carlos Borges, na presença dos ministros da Cultura, Gilberto Gil, e dos Esportes, Agnelo Queiroz.

O principal objetivo do Artes sem Barreiras é a inclusão social dos deficientes, evitando isolá-los em grupos. Para isso, forma também professores do ensino Fundamental e Médio, além de promover encontros bimensais nas 37 cidades onde funcionam seus núcleos. “As deficiências físicas nunca foram empecilho para a arte”, comenta Grassi. “A pintora modernista Anita Malfatti tinha uma paralisia num dos braços e o próprio Aleijadinho, nosso maior artista barroco, era portador de deficiência. Boa parte dos trabalhos do Arte sem Barreiras tem qualidade intrínseca, independentemente da questão social que envolvem.”

A fundadora do movimento, Rita Maria, explica que os cursos de capacitação dos professores pode durar de uma semana a três meses, dependendo das necessidades de cada região. “Cada núcleo tem autonomia, mas o programa funciona melhor quando há parceria entre a Funarte e as Secretarias de Educação do Estado ou dos municípios”, conta ela. Não é um tipo específico de trabalho.

Tanto pode haver dança para quem depende de cadeiras de rodas, artes plásticas para deficientes visuais e até um grupo de percussão de surdos, o Surdodum, de Brasília. “Temos duas vertentes, formar o artista e dar-lhe suporte institucional. Graças ao êxito da primeira, hoje atendemos igual números de artistas e candidatos a tal.”

O trabalho das Loterias da CEF com deficientes é antigo. Só este ano, foram investidos R$ 13,8 milhões no Comitê Paraolímpico Brasileiro, um quarto dessa quantia em financiamento direto e o restante por meio da Lei Piva, que destina 0,3% da Loteria Esportiva ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

“Os frutos dessa parceria começaram a aparecer logo”, diz Grassi, “tanto em termos de produção dos artistas e como de sua inclusão na sociedade.”

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