Cariocas gostam de assistir televisão e ir ao cinema, revela pesquisa

Os cariocas gostam de assistir à televisão e ir ao cinema. É o que demonstra a primeira pesquisa sobre o mapeamento dos principais hábitos culturais dos cariocas.

O levantamento foi divulgado no seminário “Cultura: O que querem e fazem os cariocas”. O evento reuniu mais de 300 pessoas no Imperator (Centro Cultural João Nogueira), no Méier, Zona Norte do Rio. A iniciativa da Prefeitura do Rio servirá de base para a política pública de cultura empreendida pela Secretaria Municipal de Cultura a partir de
2014.

A pesquisa, encomendada pela Secretaria Municipal de Cultura e realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, teve o suporte do Instituto Datafolha, que entrevistou 1.501 moradores da cidade entre os dias 30 de agosto e 8 de setembro deste ano.  O trabalho
apresenta um retrato do modo como os cariocas se relacionam com a cultura, a produção cultural e as instituições culturais da cidade.

O secretário municipal de Cultura, Sergio Sá Leitão, explicou por que o trabalho inédito contribuiu para traçar um diagnóstico do
perfil cultural da cidade e de seus habitantes:

– Tradicionalmente, as políticas culturais no Brasil são feitas de modo empírico, ou seja, sem informações, sem dados, com base em
intuições, desejos, vontades e ideologias, o que não é bom.  Agora a gente passa ter mais massa crítica para realizar uma política cultural mais adequada à população e não apenas aos produtores culturais.

A pesquisa quis saber o que o carioca faz no seu tempo livre. A maioria dos cariocas pratica atividades de mídia (assistir televisão,
principalmente), que atingiu 30% da preferência, seguido de atividades físicas (18%), atividades culturais (16%), passeios (12%), frequentar bares (9%), descansar em casa (7%), ida ao shopping (6%) e brincar (6%).

O resultado mostrou também quais são as atividades culturais preferidas dos cariocas. Entre as realizadas no espaço público, o cinema apareceu como a mais procurada, com 68%, seguida de shows (56%), festas populares (54%), teatro (37%), museus (34%), bibliotecas (32%), dança (20%) e concertos (14%).  Já dentro de casa, o carioca prefere ouvir música (95%) ou ver filmes (94%), seguido por ler livros não didáticos (64%).

A pesquisa será realizada anualmente, para que se possa ter uma série histórica. Pretende-se com isso mensurar tanto a eficácia da política pública de cultura, no que diz respeito à ampliação e diversificação da oferta cultural e ao estímulo ao incremento da demanda, quanto identificar as mudanças comportamentais dos cariocas relacionadas ao consumo de cultura.

O questionário com 80 perguntas foi aplicado em homens e mulheres residentes no Rio, com idade a partir de 12 anos e pertencentes a todos os níveis econômicos. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos. A amostra foi selecionada a partir de cotas de sexo e idade, segundo dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
“Cultura: O que querem e fazem os cariocas”
O evento no Imperator contou com três mesas de debates, que tiveram a participação do público. A primeira foi sobre “Perfil cultural dos cariocas”, com o professor João Luiz Figueiredo, do Núcleo de Economia Criativa da ESPM, o produtor cultural Frederico Reder, do Theatro NET-Rio, e o cineasta Cacá Diegues. Todos sob a mediação do jornalista Tom Leão.  A segunda foi mediada por Alê Youssef, da Globo News, sob o tema “Cultura e tecnologia” e teve como debatedores o escritor Maurício Mota, o professor Ronaldo Lemos, da Uerj, e o empresário Gabriel Santini Pinto, da Firjan. A última abordou “Acesso e
territorialização” e contou com a participação do ator Paulo Betti, do diretor da Fundição Progresso, Perfeito Fortuna, e de Luiz Oscar Niemeyer, da Planmusic.

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