Investir apenas em projetos culturais próprios é a opção de 64% das instituições associadas da rede Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas); 18% patrocinam apenas projetos independentes e outros 18%, ambos. O Gife reúne várias (mas não todas) das maiores instituições culturais do país. Entre elas estão a Fundação CSN (da Companhia Siderúrgica Nacional, segunda colocada na lista de principais incentivadores culturais por meio da Lei Rouanet), o Instituto Gerdau (cujo patrocinador é o terceiro da lista), a Fundação Banco do Brasil, Itaú Cultural, Fundação Roberto Marinho, Instituto Telemar e Fundação Vitae.
Os números foram anunciados pelo diretor executivo do Gife, Fernando Rossetti na última terça (dia 3), durante o 1º Fórum Nacional de Cultura e Cidadania Corporativa, em São Paulo.
A Petrobrás, que não está representada no Gife mas é o maior patrocinador cultural do país, faz questão de mostrar que tem destinado cada vez mais recursos a projetos independentes, passando de R$ 8,8 milhões, em 2001, para R$ 45,5 milhões, no edital de novembro passado. “É uma forma de contemplar projetos que dificilmente conseguiriam patrocínio se fosse necessário ter acesso aos escritórios da Petrobras”, disse a gerente de patrocínio da empresa, Eliane Costa, durante o Fórum. Outros R$ 15,5 milhões a empresa destinará este ano a projetos que não passaram por seleção pública.
Sílvio Crespo