Hoje é Dia de Iemanjá, a rainha do mar.

Hoje sábado (2) é dia de prestar homenagens a orixá Iemanjá. Rainha do mar, ela é generosa, protege pescadores, zela pelo amor e pela fertilidade e sabe retribuir os presentes ofertados, afinal, é dando que se recebe. Confira aqui no Portal Brasil Cultura um pouco mais sobre a Rainha do mar!

Orixá feminino

Iemanjá é cultuada tanto na Umbanda como no Candomblé, considerada como a mão de quase todos os orixás. Mas é também sincretizada no catolicismo como Nossa Senhora do Navegantes, Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.

Significado do nome

O nome Iemanjá tem origem no idioma africano yorubá, sendo o termo “Yéyé Omó Ejá”, que numa tradução literal seria algo como “mãe cujos filhos são peixes”

Imagem alterada

Originalmente, Iemanjá era representada por uma mulher de pele escura com seios enormes, mas a mudança para a imagem que conhecemos atualmente aconteceu por influência do sincretismo com santas do catolicismo.

Rainha negra

Em Cuba, no entanto, Iemanjá, ou Yemayá, como é chamada por lá, também possui as cores azul e branca, mas é uma rainha negra. Seu nome cristão é La Virgen de La Regla, conhecida como padroeira dos portos de Havana. Ela faz parte da Santeria.

Fruto da mistura entre culturas

Iemanjá, tal qual a conhecemos no Brasil, é o resultado da miscigenação de elementos culturais e religiosos africanos, europeus e até ameríndios.

Diversos nomes

Aliás, não é só a imagem de Iemanjá que apresenta diferentes representações. Ela também é conhecida por uma extensa lista de nomes, como Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Sereia do Mar, Sereia, Dona Iemanjá, entre outros, dependendo da região

Afrodite brasileira

Iemanjá é conhecida como a padroeira dos amores a quem recorrem os apaixonados, especialmente em casos de desafetos amorosos. Exerce verdadeiro fascínio sobre os homens, por meio da imagem que conhecemos, com sua vaidade, cabelos longos e pretos e corpo escultural.

Dá-lhe amor

Ela é também o arquétipo da maternidade, sendo seus cultos originais associados à fertilidade feminina e à vida.

Poder sobre o mar

Iemanjá é também padroeira dos pescadores e estão sob seus cuidados todos aqueles que escolhem entrar em seu domínio, o mar. Logo, detém poder sobre a vida daqueles que vivem no mar, como os pescadores, que devem respeitá-la, pois cabe a Iemanjá decidir se as águas permanecerão calmas ou formarão tempestades. Em algumas de suas representações, Iemanjá chega a se apresentar como Iara, metade mulher, metade peixe.

Ciclos da lua

Se você pensa que a influência da poderosa Iemanjá acabou, engana-se. Ela é também uma deusa lunar, que além de ser responsável por reger os ciclos naturais ligados às águas, também acaba gerenciando as fases de “mudanças” nas mulheres, que acontecem por influência dos ciclos da lua. Além disso, segundo a lenda de Iemanjá, quando foi convocada pelos soberanos para receber a insígnia real que lhe concedia o amplo poder para gerir as águas, ela recebeu de seus pais orgulhosos a lua, que passou a usar no dedo mínimo como joia de grande valor.

Diferentes datas e ritos

Já vimos que em Cuba, Iemanjá é um pouquinho diferente, bem como sua festa, celebrada em 7 de setembro. No entanto, dentro do próprio Brasil, algumas datas podem mudar. No Rio, por exemplo, o culto a Iemanjá é celebrado na própria virada de ano, em 31 de dezembro, e lembrado na superstição de pular ondinhas. Já umbandistas celebram a data em 15 de agosto, mas também há referências a celebrar a data em 8 de dezembro.

É dando que se recebe

Iemanjá é conhecida, desde sua lenda, por gostar de dar presentes. Foi assim que ela acabou presentando Ogum, Oxum, Oiá, entre outros. Porém, quanto mais ela ofertava, mais recebia de volta. Esse ensinamento da história de Iemanjá, reforça a ideia de que é dando que se recebe e, por isso, ela também sabe retribuir àqueles que tanto lhe ofertam presentes em seu dia

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