Lúcio Costa (1902-1998) foi Arquiteto e Urbanista brasileiro. Autor do projeto do Plano Piloto da Cidade de Brasília, a capital do Brasil, obra que o consagrou como urbanista.
Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa, conhecido como Lúcio Costa, nasceu na cidade de Touln, França, no dia 27 de fevereiro de 1902. Filho do almirante Joaquim Ribeiro da Costa, passou grande parte de sua infância viajando, em função do trabalho do pai.
Estudou no Royal Grammar School, em Newcastle, Inglaterra e no Collège National, em Montreal, Suíça. Em 1917, de volta ao Brasil e ingressa na Escola Nacional de Belas Artes, concluindo o curso de arquitetura e pintura, em 1924.
Entre os anos de 1922 e 1929, Lucio Costa manteve um escritório de arquitetura, em sociedade com Fernando Valentim, realizando projetos seguindo o estilo neoclássico.
Ainda em 1929 conhece a Casa Modernista de São Paulo, do arquiteto russo-brasileiro, Gregori Warchavchik.
Após a Revolução de 1930, a convite de Rodrigo Melo Franco, Lúcio Costa é nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, com o objetivo de implantar um curso de arquitetura moderna.
Convocou Warchavchik para dirigir o ensino de arquitetura e criou o salão livre de artes plásticas, que encampou oficialmente as experimentações artísticas.
Sua ação provocou reação violenta de professores e acadêmicos, que culminou com seu afastamento após uma grave que durou por seis meses.
No entanto, suas ideias e propostas foram vitoriosas e contribuíram de forma fundamental para a renovação do pensamento arquitetônico no país.
Em 1931, Lúcio Costa organizou no Rio de janeiro, o Salão Revolucionário e nesse mesmo ano é exonerado do cargo de diretor.
Grandes Projetos
Em 1935 é convidado pelo Ministro Gustavo Capanema para elaborar o projeto da nova sede do “Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro”. Trabalha em conjunto com vários arquitetos, entre eles, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão e Oscar Niemeyer, sob a coordenação de Le Corbusier.
Em 1937, Lúcio Costa é nomeado diretor da Divisão de Estudos e Tombamentos, do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN.
Em 1937, Lúcio Costa realizou o projeto do “Museu das Missões”, em São Miguelinho, Rio Grande do Sul.
Em 1938, venceu o concurso para o projeto do “Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova Iorque”, mas propôs que fosse escolhido o projeto de Oscar Niemeyer, segundo colocado, por julgá-lo melhor.
O pavilhão foi finalmente projetado pelos dois arquitetos, com a colaboração do norte-americano Paul L. Wiener. E tornou-se, ao lado do pavilhão sueco, o melhor projeto da feira.
Em 1944, realizou o “Projeto de seis edifícios residenciais” pra a urbanização do “Parque Guinle”, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Projeto de Brasília
Em 1957, Lúcio Costa venceu o concurso nacional para o plano-piloto de Brasília, a nova capital do Brasil, que seria construída no centro geográfico do país, em uma área do estado de Goias.
Vista do alto, a planta baixa da cidade assemelha-se a um avião. Em suas asas ficam as áreas comerciais e residenciais da cidade. Na parte central ficam os prédios do governo, os bancos e os espaços culturais.
Plano-piloto de Brasília
Na “cabine do avião” localiza-se a Praça dos Três Poderes, onde estão o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Palácio da Justiça.
Lúcio Costa trabalhou junto com Joaquim Cardoso, Oscar Niemeyer, entre outros. As principais edificações foram criadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Brasília foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960.
Em 1960, recebeu o título de Professor Honoris Causa da Universidade de Harvard. Em 1964 é chamado para chefiar uma equipe para projetar a reconstrução de Florença, destruída por uma inundação.
Em 1969, elaborou o plano de urbanização da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, que abandonou diante de diversas irregularidades.
Em 1995, Lúcio Costa lança o livro autobiográfico: “Registro de uma Vivência”, contendo projetos, ensaios críticos e cartas pessoais.
Lúcio Costa faleceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de junho de 1998.
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