Apelo –

 

A população pode ajudar no resgate das obras raras que foram furtadas da Biblioteca Pública do Paraná. O apelo é do diretor-geral da Biblioteca, Cláudio Fajardo, que colocou o telefone (41) 3224-0575 para contato direto e pede às pessoas que avisem se tiverem alguma informação a respeito do caso. Fajardo explicou que no início de outubro a direção foi comunicada de um furto de grande extensão, envolvendo 120 obras raras do acervo da instituição.

“Isso ocorreu provavelmente num final de semana e acreditamos que o suspeito freqüentava a biblioteca utilizando uma capa de chuva larga, o que causava estranheza. Quando se soube do furto, essa pessoa foi associada ao ocorrido”, relata. Segundo ele, o fato não foi comunicado ao público porque havia esperança de que essa pessoa voltasse à biblioteca. “Por isso, a investigação ficou em sigilo até essa segunda-feira, dia 06 de novembro, quando decidimos divulgar e pedir ajuda a sociedade”, explicou o diretor, se referindo principalmente àqueles que lidam com o mercado de obras raras e podem ficar atentos para a oferta de livros que estão na lista que colocamos à disposição dos interessados na sede da Biblioteca.

Segundo pesquisa feita na internet, as obras furtadas estão avaliadas entre R$60 e U$3.500. O cálculo, de acordo com informações do diretor geral gira em torno de R$ 500 mil. “Não há um gênero específico na escolha. Foram furtadas obras de literatura, biologia, descrição de paisagens. Nitidamente as obras foram escolhidas para atender colecionadores. Há uma coincidência de títulos com obras que já foram furtadas na Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional e no Itamaraty”, revela ele. “Nenhuma das obras foi microfilmada e o único registro delas eram as fichas de catalogação.”

A única suspeita é direcionada a um individuo – ainda não identificado – que estava sempre com a capa de chuva e durante meses fez consulta na sala de obras raras que poucas pessoas procuram. Em média três a quatro pessoas chegam a visitar num movimento diário médio por todo prédio de 3.500 pessoas. “Ele visitava o setor ora sozinho, ora acompanhado por um senhor ou por uma mulher, e nessas visitas chegou a tirar algumas fotos, com seu celular, das estantes onde estavam as obras furtadas.”, conta. O retrato falado dele esta sendo divulgado por toda a imprensa.

A investigação constatou que a porta que dá acesso à sala onde ficam as obras raras foi forçada, mas não se sabe qual o itinerário feito pelo ladrão. Se foi feito no final de semana, com a conivência de um segurança, as obras podem ter sido retiradas todas de uma vez, com um carro que provavelmente encostou nos fundos da biblioteca. Mas outra hipótese é que ela tenha saído aos poucos e, nesse caso, o equipamento de segurança não funcionou porque esses livros – pelo fato de serem raros – não são emprestados e, por normas de preservação, não podem ter o dispositivo eletrônico anti-furto colocado neles.

http://www.culturaemercado.com.br/setor.php?setor=4&pid=1129
da Redação

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