Ana Cascardo
A cantora Ana Cascardo, professora do Conservatório de MPB da Fundação Cultural, é uma das semifinalistas do Prêmio Visa 2005. Única representante do Sul do Brasil entre os 24 classificados para a oitava edição do prêmio, ela foi anunciada nesta quinta-feira entre os 12 candidatos que disputarão as semifinais, em setembro.
“Estar disputando o Prêmio Visa já é uma vitória, pois houve 2.682 inscrições em todo o País”, diz Ana. “Mas a classificação para a semifinal é muito significativa pois, diferentemente da avaliação da fase inicial feita pelos cds que os candidatos enviaram, agora eu fui julgada pela performance no palco.”
A eliminatória de Ana Cascardo foi no dia 20 de julho, no Espaço Promon, em São Paulo. Acompanhada pelos músicos Fábio Cardoso (piano) e Paulo Mendes (percussão), ela interpretou para o corpo de jurados as canções Doce de coco (Jacob do Bandolim e Hermínio B. de Carvalho), Choro pro Zé (Guinga e Aldir Blanc), Soneto (Chico Buarque) e Linha de passe (João Bosco e Aldir Blanc).
A semifinal irá selecionar cinco finalistas, que irão apresentar-se no dia 19 de outubro no Espaço Tom Brasil, em São Paulo. Eles concorrerão ao primeiro prêmio de 110 mil reais, mais a gravação de um CD. O segundo colocado ganhará 50 mil, e o terceiro, 30 mil. “A semifinal será muito difícil, pois o nível dos candidatos é muito elevado. Mas vou me concentrar bastante para fazer uma boa apresentação”, afirma Ana.
Além de Ana Cascardo, disputarão as semifinais os candidatos: Yara de Mello, Consuelo de Paula, Márcia Lopes, Vocalise, Rubi, Cris Aflalo, Ana Luiza, Nós Quatro, Luciana Alves, Izabel Padovani, Daisy Cordeiro.
As semifinais irão ocorrer nos dias 4, 11, 18 e 25 de setembro no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, e serão compostas por 4 fases, cada qual com a apresentação de 3 candidatos, totalizando os 12 candidatos semifinalistas. Ana Cascardo ainda não sabe o dia de sua apresentação. Assim como nas Eliminatórias, os candidatos semifinalistas irão concorrer entre si, não havendo, portanto nenhum candidato por noite. Os candidatos finalistas serão informados no dia seguinte à última fase das semifinais.
Carreira – O início da carreira de Ana Cascardo foi na década de 80. Dos 11 aos 19 anos, ela e os irmãos animavam bailes e bares de Itajubá, no sul de Minas Gerais. Em 1985, Ana iniciou os estudos de teoria musical com a pianista Heloisa Feichas. Em 1993, veio morar em Curitiba e continuou a estudar canto. Participou de oficinas com Elza Soares e grandes nomes da música brasileira em várias edições da Oficina de Música de Curitiba. Depois, entrou no grupo vocal Brasileirão, do Conservatório de MPB da Fundação Cultural, onde começou a dar aulas há cinco anos.
Em 1995, Ana ficou em primeiro lugar no Festival de Intérpretes do Sesc da Esquina. Em 98 e 99, consecutivamente, foi indicada como melhor cantora. Em 2000, ganhou o prêmio de melhor intérprete no Festival Estação da Canção. Ela já participou de diversos CDs de compositores e intérpretes paranaenses e tem seu trabalho solo pronto para ser editado.
O Prêmio Visa de Música Brasileira foi criado em 1998 e, atualmente, é um dos eventos mais importantes da música brasileira no País. Seu principal objetivo é revelar talentos e proporcionar novas perspectivas aos artistas amadores ou profissionais que se dedicam a essa arte. Com isso, o prêmio estimula o reconhecimento desses músicos, colaborando para o aprimoramento contínuo da cultura nacional.
Desde sua criação, o Prêmio Visa de Música Brasileira vem ganhando força, credibilidade e o aval de músicos conceituados, jornalistas e críticos musicais de todo o País. As três categorias do evento (instrumental, vocal e composição) contam com um nível elevado de competidores, dificultando a escolha dos jurados. A qualidade pode ser comprovada na lista de vencedores e finalistas das edições anteriores, como Yamandú Costa, Dante Ozzetti, Mônica Salmaso, Célio Barros e André Mehmari, que conquistaram projeção no mercado nacional e internacional após serem lançados no evento.
Todos os participantes do prêmio são avaliados por um júri, presidido há oito anos pelo maestro Nelson Ayres, que conta, ainda, com a participação de membros renomados da atividade musical. Além do julgamento técnico, o público exerce um importante papel, interagindo na escolha do melhor músico ou intérprete de sua preferência por meio do voto popular.