
Fotógrafo brasileiro, reconhecido mundialmente por sua obra sensível e engajada, faleceu nesta semana; Instituto Terra destaca seu papel como símbolo da transformação social e ecológica.
Sebastião Salgado, considerado um dos fotógrafos mais importantes e influentes do século XX e XXI, faleceu aos 81 anos. A confirmação veio por meio do Instituto Terra, organização não-governamental fundada por ele e por sua esposa, a curadora Lélia Deluiz Wanick Salgado.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, afirmou a nota oficial do Instituto.
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, Salgado formou-se em economia antes de se dedicar integralmente à fotografia. Com uma trajetória marcada por projetos de longo prazo que documentaram migrações, trabalho humano e a degradação ambiental, Salgado se destacou pelo olhar profundamente humanista e pela estética potente de suas imagens em preto e branco.
Entre suas obras mais icônicas estão os ensaios Trabalhadores, Êxodos e Gênesis, além da série Amazônia, que também se tornou filme pelas mãos do cineasta Wim Wenders.
Nos últimos anos, ao lado de Lélia, dedicou-se à restauração ambiental da região do Vale do Rio Doce por meio do Instituto Terra, que já plantou milhões de árvores e transformou paisagens degradadas em florestas novamente vivas.
Sebastião Salgado deixa um legado de imagens que tocam, denunciam e inspiram. Sua morte encerra uma trajetória marcada pelo compromisso com a justiça social, a dignidade humana e a preservação do planeta.
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